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Em meio ao debate sobre o papel das Constelações Familiares e Sistêmicas no âmbito do sistema judiciário brasileiro, o Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) levanta a bandeira em defesa do método terapêutico. Segundo a vice-presidente da instituição, Dagmar Ramos, médica e psicoterapeuta com especialização em Medicina Preventiva e Social, as constelações representam uma possibilidade de avanço significativo, especialmente na organização individual e no equilíbrio das relações interpessoais.

Para Dagmar Ramos, a urgência em defender o método se deve aos equívocos que ainda permeiam o entendimento das Constelações Sistêmicas, principalmente por parte do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela ressalta a importância de os novos membros do CNJ ouvirem todos os lados antes de tomarem uma decisão que pode ter graves consequências.

“É fundamental que o Conselho Nacional de Justiça não cometa esse erro histórico, que terá, com certeza, graves consequências, que é considerar as constelações inadequadas e lesivas, principalmente dentro do sistema judiciário”, afirma Dagmar Ramos. Ela ressalta que o método está em discussão no Congresso Nacional, com um pedido de regulamentação da prática. A deputada Flávia Morais, de Goiás, lidera essa agenda no âmbito do Legislativo.

Dagmar Ramos destaca a importância de um debate mais democrático e livre sobre o assunto, ao invés de uma decisão precipitada baseada em desinformações. “Como o CNJ pode optar pelo banimento das constelações do sistema judiciário sem conhecer de fato o método e sem permitir que essa discussão evolua de forma democrática?”, questiona.

O Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas nasce, segundo Dagmar Ramos, com o manifesto ao CNJ ao pedir que seus pares reconsiderem essa posição. “É hora de reavaliar e abrir espaço para um diálogo construtivo que leve em conta todos os aspectos envolvidos”, destaca.

“O Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas faz um convite ao CNJ para uma reflexão mais ampla e aprofundada sobre o tema, antes de tomar uma decisão que pode impactar significativamente a abordagem terapêutica e a busca por soluções pacíficas nos tribunais brasileiros”, conclui Dagmar Ramos.

A vice-presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas(CECS), médica Dagmar Ramos: “É fundamental que o Conselho Nacional de Justiça não cometa esse erro histórico, que terá, com certeza, graves consequências, que é considerar as constelaçõesinadequadas e lesivas, principalmente dentro do sistema judiciário”

Histórico

A decisão do relator da matéria no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juiz federal Marcio Luiz Freitas, hoje ex-conselheiro, que votou para que a prática das constelações sistêmicas seja proibida no âmbito do Judiciário em casos de violência doméstica de gênero ou contra crianças, teve por base a Nota Técnica do Conselho Federal de Psicologia (CFP), emitida pelo presidente Pedro Paulo Gastalho de Bicalho.

No entanto, a nota técnica está sendo contestada devido a “um evidente vício em sua validade formal para produzir efeitos vinculativos ou oficiais para as manifestações do CFP”, destaca o Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas. Assim, a questão permanece em aberto, sujeita a revisão e análise mais aprofundada por parte dos conselheiros.

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