Autor do livro, vice-presidente do CECS, arteterapeuta, facilitador e docente de Constelações Familiares apresenta curso, que será realizado de 26 de junho a 31 de julho, em seis módulos, com certificação e práticas baseadas na visão sistêmica. “Cuidar da criança interior é um processo diário, é uma fisioterapia para a alma”, destaca. Live tem mediação da diretora de Eventos da instituição, historiadora, jornalista e psicanalista Rosângela Ferreira

O Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) realizou, na quinta-feira (24/04), uma live especial para apresentar o curso “Abraçar o que foi para Amar o que é”, baseado no livro de Ricardo Mendes.

Com início em 26 de junho e término em 31 de julho, o curso, estruturado em seis módulos de duas horas, propõe uma jornada terapêutica que une teoria e prática para transformar feridas da infância em força vital para a vida adulta.

Fundamentado na abordagem sistêmica, o programa orienta os participantes a reconhecer, acolher e integrar suas experiências passadas, a fim de permitir a construção de uma vida mais consciente, leve e responsável.

Ricardo Mendes é arteterapeuta, facilitador e docente de Constelações Familiares e Xamanismo no Brasil e em outros países da América do Sul, vice-presidente e diretor de Relações Internacionais do CECS.

A proposta do aprimoramento é guiar os participantes a percorrer um caminho terapêutico que parte do reconhecimento das feridas da infância rumo à construção de um adulto mais consciente, responsável e emocionalmente saudável.

Dividido em seis etapas, o curso oferece uma trajetória de reflexão e prática, ao abordar temas como a relação com os pais, o acolhimento da criança interior e a reconciliação com dores não elaboradas.

A mediação da live foi conduzida pela diretora de Eventos do CECS, historiadora, jornalista e psicanalista Rosângela Ferreira, facilitadora e docente de Constelação Sistêmica há mais de 10 anos.

As seis aulas previstas para o curso “Abraçar o que foi para Amar o que é” são as seguintes:

1- A infância e os Acontecimentos Matriz
2- A Criança Interior
3- Repercussões na Vida Adulta
4- Ferramentas para a Vida Adulta
5- Voltando à Fonte
6- Liberdade e Ampliação da Vida

Lançamento de curso do CECS destaca abordagem humanista de Ricardo Mendes

Na abertura da live realizada pelo CECS, a diretora Rosângela Ferreira destacou a importância do novo curso de aprofundamento baseado no livro ‘Abraçar o que foi para Amar o que é,’ de Ricardo Mendes. Para ela, a iniciativa representa mais um presente no movimento contínuo de aprimoramento promovido pela instituição.

Rosângela recordou que no ano anterior o CECS recebeu o mestre Jakob Schneider e, a partir dessa experiência, estruturou um curso em seis módulos. Neste ano, segundo ela, a contribuição de Ricardo Mendes amplia a trajetória de aprimoramento, com uma proposta que une reflexão profunda e prática terapêutica.

A frase ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’ carrega “a potência do pensamento sistêmico e a leveza característica do trabalho de Ricardo Mendes”, afirmou Rosângela. Ela ressaltou que a obra convida à reconciliação com a própria história e ao fortalecimento da criança interior, etapa fundamental para a construção de um adulto emocionalmente íntegro e vitalizado.

A diretora apontou que o livro, bem como o aprimoramento propõe um caminho de reconhecimento das dores e traumas que moldam a trajetória individual. “Abraçar tudo o que foi vivido, inclusive o que doeu, é essencial para fortalecer a identidade e superar padrões de autossabotagem”, completou.

Rosângela também destacou a trajetória de Ricardo Mendes, profissional reconhecido pela abordagem humanista e integrativa que imprime em seu trabalho há quase duas décadas.

Ricardo Mendes destaca trajetória pessoal e conceitos do novo curso

Em suas considerações iniciais, Ricardo Mendes compartilhou com o público parte de sua trajetória pessoal e profissional que culminou na criação do curso ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’. Autor do livro homônimo, ele explicou que a escolha do título é resultado de quase duas décadas de experiência no mercado publicitário, área que o ensinou a sintetizar conceitos com precisão e profundidade.

O facilitador relatou que sua busca por respostas existenciais começou ainda na infância, ao questionar o propósito da própria vida. A procura atravessou diversas formações e experiências profissionais, sem que ele encontrasse, de imediato, um caminho que o satisfizesse plenamente. “Aos 40 anos, percebi que conquistar realizações individuais era insuficiente. A partir daí, a pergunta passou a ser: como posso contribuir para melhorar o mundo?”, afirmou.

Segundo Mendes, o amadurecimento desse questionamento revelou a necessidade de um mergulho interno. “Entendi que, para contribuir com o mundo, preciso antes melhorar a mim mesmo”, disse. Nesse processo, reconheceu padrões de comportamento repetitivos, sentimentos de arrependimento e dificuldades para expressar o melhor de si.

O encontro com as Constelações Familiares representou um divisor de águas. Mendes relatou que a primeira experiência com a abordagem, embora breve, proporcionou uma compreensão profunda sobre aspectos de sua vida que até então permaneciam obscuros. “Uma única frase, dita no final de uma sessão, ressignificou mais de 40 anos de história pessoal”, revelou.

O autor destacou que o propósito do curso é guiar os participantes nesse mesmo processo de ampliação de consciência. Para ele, uma Constelação bem conduzida não soluciona automaticamente os problemas, mas expande o olhar sobre as questões, abre novas possibilidades de compreensão e superação.

Ricardo Mendes reforçou a crença de que a essência humana é genuinamente amorosa.

“Quando olhamos para uma criança recém-nascida, reconhecemos essa essência. Nosso desafio é reencontrá-la em nós mesmos, fortalecer a nossa capacidade de contribuir com um mundo mais justo e pleno”, pontuou.

Ampliação de consciência e reconciliação com a infância são bases do curso

Durante a apresentação, Ricardo Mendes aprofundou as reflexões que fundamentam o curso ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’. O autor explicou que o distanciamento da essência amorosa humana, provocado pelas marcas da infância e pelas dinâmicas da ancestralidade, representa um dos principais desafios emocionais da vida adulta.

Mendes apontou que o medo, surgido como oposição ao amor, limita a expressão plena dos sentimentos e interfere diretamente nas relações interpessoais. “Quando não recebemos a troca afetiva esperada na infância, interpretamos a falta como agressão pessoal, criamos padrões de defesa que carregamos para a vida adulta”, constatou.

O facilitador defendeu que muitas reações emocionais desproporcionais resultam de feridas não elaboradas. Segundo ele, ampliar o olhar sobre a própria história permite compreender que nem todas as dores vividas foram intencionais, mas consequências das limitações humanas. “A reação do outro reflete muito mais suas próprias dores do que nossas atitudes”, explicou.

O autor também destacou o impacto das Constelações Familiares na ampliação da consciência. Segundo ele, a abordagem revela como as lealdades invisíveis e os padrões herdados da ancestralidade comprometem a liberdade individual. “A consciência coletiva impõe uma ordem que muitas vezes sacrifica os caminhos individuais”, afirmou.

Além da ancestralidade, Mendes identificou na infância a origem de bloqueios emocionais profundos. Para ele, a criança interior, marcada pelas experiências de rejeição, continua a influenciar decisões e comportamentos na vida adulta.

“A tirania que alguns atribuem à criança interior é, na verdade, uma resposta à dor e à falta de acolhimento”, pontuou.

Cuidado com a criança interior é fundamento para a liberdade emocional

Ao avançar na apresentação, Ricardo Mendes aprofundou os princípios que embasam o curso ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’. O facilitador destacou que a infância, marcada por vivências de sobrevivência e adaptação, deixa registros emocionais profundos que moldam comportamentos e limitações na vida adulta.

Mendes explicou que o afastamento da essência amorosa ocorre quando o medo, surgido da carência afetiva, ocupa espaços que deveriam ser preenchidos pela confiança e espontaneidade. “Quando uma criança não recebe o acolhimento esperado, ela cria estratégias de sobrevivência emocional, que mais tarde restringem sua liberdade de agir com autenticidade”, afirmou.

O autor defendeu que o trabalho com a criança interior é intransferível e contínuo. Segundo ele, não basta uma intervenção terapêutica pontual para reverter os padrões de defesa construídos ao longo da vida.

“Cuidar da criança interior é um processo diário, trata-se de uma fisioterapia para a alma”, disse.

Ricardo Mendes alertou que a falta de acolhimento emocional durante a infância gera uma permanência inconsciente de comportamentos autossabotadores. Ao ilustrar a questão, comparou a trajetória humana ao ciclo de uma bananeira, que nasce, floresce e cumpre seu propósito sem conflitos internos ou necessidade de aceitação externa. “A natureza segue seu curso com plenitude, ao contrário de nós, que muitas vezes resistimos ao que somos”, refletiu.

Ele também abordou a influência dos sistemas sociais contemporâneos na intensificação do medo.

Ele criticou a cultura do medo presente nos noticiários e a falta de conexões humanas nas grandes cidades, fatores que contribuem para o distanciamento da essência amorosa.

Mendes propôs exercícios simples para que os participantes do curso retomem o contato com sua criança interior e, assim, reconquistem a liberdade emocional necessária para uma vida mais plena.

“Quando oferecemos acolhimento e espaço de expressão à nossa criança interior, recuperamos a capacidade de viver com alegria, espontaneidade e responsabilidade”, ensinou.

“Construir uma relação de amor e cuidado com seu eu mais profundo”

O autor enfatizou que memórias da infância moldam a maneira como as pessoas se relacionam com a vida, com a profissão e com a prosperidade financeira. Para Mendes, o rompimento precoce com figuras parentais fundamentais, muitas vezes não tratado de forma consciente, limita a liberdade emocional e reforça padrões inconscientes de autossabotagem.

Ao discorrer sobre a essência humana, Ricardo Mendes afirmou que o ser humano carrega uma natureza profundamente amorosa, corrompida progressivamente pelo medo.

“Quando nascemos, trazemos um estado de entrega e confiança. No entanto, a experiência da sobrevivência impõe o medo como reação natural, afastando-nos da espontaneidade amorosa”, explicou.

O facilitador relacionou o impacto dos traumas da infância às dificuldades de estabelecer relações afetivas saudáveis na vida adulta. Segundo ele, as estratégias desenvolvidas para sobreviver na infância — como o fechamento emocional e o controle excessivo — tendem a ser mantidas na vida adulta, mesmo quando já não são necessárias.

Ricardo Mendes propôs o cuidado contínuo com a criança interior como ferramenta para recuperar a vitalidade emocional.

“O trabalho de acolhimento da criança interna é intransferível. Cabe a cada um assumir a responsabilidade por construir uma relação de amor e cuidado com seu eu mais profundo”, pontuou.

Em sua análise, o autor reforçou que a reconexão com a essência amorosa permite ampliar a consciência e transcender os condicionamentos herdados, bem como resgatar a liberdade de ser e de agir no mundo.

Abraçar o que foi significa reconciliar-se com a própria história

Durante a mediação do encontro, Rosângela Ferreira reforçou a relevância da consciência e do cuidado contínuo com a criança interior. Ela afirmou que tanto profissionais da área terapêutica quanto seus clientes carregam questões não resolvidas da infância, que, sem a devida atenção, podem se manifestar em comportamentos impulsivos e sintomas emocionais.

Rosângela destacou que o processo de reconciliação com a criança interna requer atenção constante e abertura para diferentes perspectivas. “Se não ampliarmos nossa visão, continuaremos a interpretar nossas dores e histórias sob um único ângulo, o que limita a compreensão de nós mesmos e dos outros”, afirmou.

Ela enfatizou que o olhar sistêmico amplia a percepção sobre o contexto emocional em que se originam as feridas, a fim de superar visões simplistas de causa e efeito. “É essencial reconhecer que não há uma única versão dos fatos. Precisamos compreender o contexto em que crescemos e acolher nossas dores sem julgamentos”, completou.

Em seguida, a mediadora leu um trecho que sintetiza a abordagem do curso e o conceito de criança interior no olhar sistêmico.

“A criança interior representa não apenas a infância, mas também a memória emocional de experiências arcaicas, muitas vezes não integradas. Ela guarda afetos, feridas e lealdades invisíveis que moldam a vida adulta”, afirmou.

Segundo o texto lido por Rosângela, abraçar o que foi significa reconciliar-se com a própria história. É reconhecer que até mesmo as dores fazem parte do pertencimento.

“Somente ao incluir e acolher o passado podemos amar plenamente o presente. Quando a criança interior é vista e honrada, ela se transforma em força vital e criatividade, ao invés de carência e sabotagem”, destacou.

Entregar ao mundo sua melhor versão

Entregar ao mundo sua melhor versão

Ricardo Mendes alertou para o risco de projetar feridas não elaboradas em posições de poder, ao citar exemplos públicos que ilustram como emoções infantis não resolvidas podem afetar sociedades inteiras. “O que carregamos internamente determina o impacto que temos no mundo”, observou.

Segundo ele, personalidades públicas que impactam negativamente a sociedade, como o presidente norte-americano Donald Trump, exemplificam o que ocorre quando feridas emocionais não são tratadas.

“Trump é inteligente mas sua energia, que poderia ser usada para o bem coletivo, se dispersa na busca incessante de reconhecimento, em reparações emocionais não resolvidas”, afirmou.

O autor defendeu que, ao cuidar de sua própria criança interior, o indivíduo amplia a possibilidade de entregar ao mundo sua melhor versão.

“Se eu quero melhorar o mundo, preciso primeiro cuidar da minha criança interna e oferecer o meu melhor ao coletivo”, ressaltou.

Mendes explicou que o curso ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’, estruturado em seis encontros, abordará cada etapa do processo de acolhimento da criança interior com suporte teórico e exercícios práticos. “O percurso proposto visa construir um espaço de consciência e reconciliação que permita libertar a vitalidade bloqueada pelas dores não elaboradas”, destacou.

Compaixão como a palavra-chave para a reconexão com a natureza essencial do ser humano

No encerramento da live, Ricardo Mendes e Rosângela Ferreira trouxeram reflexões finais que reforçaram os conceitos centrais discutidos ao longo do encontro:

– A compaixão como a palavra-chave para a reconexão com a natureza essencial do ser humano.

– Compreender a dificuldade do outro sem julgamentos como primeiro passo para transformar nossa percepção sobre nós mesmos e, consequentemente, sobre o mundo.

– Reconhecer as fragilidades pessoais e olhar para as limitações dos outros com compaixão favorece a construção de relações mais humanas e saudáveis.

Eles agradeceram a participação de todos e ressaltaram a importância de espaços seguros de partilha e desenvolvimento.

Ricardo Mendes fez questão de exibir no final do evento a capa que literalmente ‘abraça’ o livro de sua autoria: Projeto gráfico e ilustração do designer Sergio Filgueiras, por quem expressou grande admiração.

Rosângela Ferreira também anunciou o próximo evento promovidos pelo Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS): A live especial para discutir a saúde mental sob a perspectiva sistêmica, nesta terça-feira (29/04), com inscrições gratuitas para associados.

O evento, que ocorrerá às 20h pela plataforma Zoom, contará com a apresentação da tese de doutorado da psicóloga Adriana Braz, intitulada “PsiConstelação – A saúde mental na perspectiva sistêmica: um estudo sobre o uso de Constelações Familiares em casos de transtornos psicológicos”.

O evento encerrou-se com manifestações de gratidão e afeto por parte dos participantes: a consolidação do ambiente de troca e acolhimento que marcou toda a transmissão.

Participantes durante a live promovida pelo Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS): Reflexões profundas e momentos de acolhimento marcaram o lançamento do curso ‘Abraçar o que foi para Amar o que é’

O arteterapeuta, facilitador e docente de Constelações Familiares e Xamanismo no Brasil, vice-presidente e diretor de Relações Internacionais do CECS, Ricardo Mendes: “Para transformar o mundo, é preciso primeiro cuidar da nossa própria criança interior”

A diretora de Eventos do CECS, historiadora, jornalista e psicanalista Rosângela Ferreira: “Somente ao incluir e acolher o passado podemos amar plenamente o presente”

Ricardo Mendes exibe a capa que literalmente ‘abraça’ o livro de sua autoria: Projeto gráfico e ilustração do designer Sergio Filgueiras, por quem expressou grande admiração

Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) – Assessoria de Comunicação – Contato para informações e entrevistas: (62) 9-8271-3500 (WhatsApp)

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