
No terceiro Projeto Autoria do CECS, pensamento expandido da atriz e consteladora mergulha na prática terapêutica para mapear fronteiras. “Escrevi para aqueles que deixaram de acreditar nas promessas de felicidade que nunca se cumprem e estão prontos para pegar as rédeas da própria vida”, afirma. Mediadora Yolanda Freire define livro como jornada de individuação. Terapeuta Claudina Ramírez celebra neutralidade sistêmica da autora que voa alto. Mãe da escritora, Alba Liberato exalta “conversão da fama em saber e influência profunda”
A atriz, escritora e consteladora Ingra Lyberato protagonizou mais uma edição do Projeto Autoria, promovido pelo Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), por meio da Diretoria de Fundamentos e Teoria, no dia 25 de junho, oportunidade em que apresentou o terceiro livro de sua autoria: ‘O Despertar do Amor Sistêmico’.
Em uma travessia entre arte, espiritualidade, psicologia e ciência, o encontro revelou a sensibilidade da obra: um tratado sobre percepção, ancestralidade, reconciliação e transformação. “Ela pode dizer: Esta é minha verdade e respeito a sua”, destacou a professora Claudina Ramírez, referência na formação terapêutica, ao exaltar a integridade ética e criativa da autora.
Alba Regina Liberato, mãe da escritora, celebrou a conversão da fama em sabedoria. A educadora e terapeuta Selma Horta abordou o tema da experiência corporal e fenomenológica na arte.
O encontro, realizado pela plataforma Zoom, teve a mediação da psicóloga e consteladora Yolanda Freire, diretora de Fundamentos e Estruturação Teórica das Constelações do CECS, que abriu o evento ao sublinhar a importância do Projeto Autoria como espaço de articulação teórica e partilha entre consteladores. Ela definiu a obra como uma jornada de individuação
No livro, publicado pela Maquinaria Editorial, com linguagem sensível, clara e reflexiva, Ingra propõe uma jornada de reconexão com o amor essencial e oferece exercícios práticos e provocações terapêuticas.
“Escrevi para aqueles que deixaram de acreditar nas promessas de felicidade que nunca se cumprem e estão prontos para pegar as rédeas da própria vida”, afirma a escritora, ao refletir sobre o esgotamento do “modo automático de viver”. Em suas páginas, Constelação Familiar, Arte e Xamanismo se entrelaçam, apontam caminhos de reconciliação com as raízes e com a verdade interior.
“O Projeto Autoria é sustentado pela troca e partilha entre o grupo de trabalho de fundamentação teórica, formado por associados que vêm se debruçando sobre os conteúdos que dão sustentação à prática sistêmica”, afirmou Yolanda Freire.
Segundo ela, a proposta do projeto não se limita a dar visibilidade aos livros de consteladores associados, mas também visa integrar novos participantes e promover encontros com experiências autorais significativas.
Na abertura, a mediadora destacou o caráter simbólico do evento, ao reconhecer o esforço coletivo de toda a diretoria do CECS e o apoio constante da presidente Dagmar Ramos e do vice-presidente da instituição, Ricardo Mendes.
“É uma alegria trazer o olhar da Ingra, com um livro que é muito especial. Nele, vemos sua trajetória como atriz e consteladora, mas, sobretudo, o compromisso com a ampliação da consciência por meio de uma linguagem acessível e profunda”, pontuou Yolanda.
Em tom emocionado, ela celebrou o livro como um presente à comunidade sistêmica. “Você convoca as pessoas para um olhar diferente, até para aquelas que já passaram por experiências com constelação, mas ainda não compreenderam a dinâmica. Isso é muito generoso”, destacou. “Ingra, querida, nos desperte mais um pouquinho. A palavra está com você”, disse.
O nascimento de ‘O Despertar do Amor Sistêmico’
Ingra Lyberato iniciou a apresentação no Projeto Autoria com uma declaração de humildade e reverência: “Para mim é uma grande honra ocupar esse lugar, com reverência a cada pessoa aqui presente”. Ela compartilhou o percurso que a conduziu à escrita de ‘O Despertar do Amor Sistêmico’, ao destacar a transição das artes cênicas para o estudo profundo das Constelações Familiares e Sistêmicas.
Relatou o medo visceral da exposição e a timidez que marcaram a infância e a juventude, antes de se tornar atriz. Seu primeiro livro, ‘O Medo do Sucesso’, surgiu como um processo de autocura e uma profunda autoanálise aos 50 anos, uma verdadeira catarse de enfrentamento das próprias fragilidades. A partir dessa obra, iniciou-se o processo transformador que a impulsionou para formações em terapias e psicologia, como a Ecopsicologia.
Criada em um ambiente familiar de intensa conexão com a natureza e espiritualidade, destacou a influência dos pais artistas e a formação não convencional. Sem televisão até os 12 anos, foi exposta às obras do psiquiatra e analista suíço Carl Gustav Jung e a filmes vanguardistas. “Arte, cotidiano e espiritualidade eram uma coisa só”, afirmou.
Ingra relembrou a profunda influência da consteladora Cida Rabelo e a série de experiências vividas nos campos sistêmicos desde os anos 1990, com forte contato com os ensinamentos do criador Bert Hellinger. Reconheceu a seriedade da Constelação Familiar e Sistêmica e sua resistência inicial em assumir o papel de consteladora.
Destacou a formação com a professora Claudina Ramírez em Salvador e a experiência impactante da primeira Constelação facilitada, que gerou uma “libertação profunda da ilusão do controle”. Essa experiência marcou a entrega de corpo e alma ao campo da abordagem.
Sobre o novo livro, relatou o desafio de traduzir em palavras um fenômeno tão intangível e multidimensional. O processo levou quatro anos, impulsionado por um pedido de seu empresário para explicar, de forma clara e acessível, o que é Constelação Familiar e Sistêmica. “A ideia é que pessoas que não conhecem a abordagem possam entender”, afirmou.
No livro, Ingra apresenta um raciocínio didático e exemplos da própria vida, além de experiências com clientes a partir da preservação do sigilo. Integra arte, espiritualidade, xamanismo e ciência. Inspirada no biólogo britânico Rupert Sheldrake, revisita conceitos como campo mórfico e propõe distinções entre campos de repetição e movimentos de inovação, vinculando-os à evolução e ao papel essencial das Constelações Familiares e Sistêmicas como trampolim para transcender padrões.
“Esse livro é um compartilhamento da minha experiência, com base na entrega, na observação e no respeito profundo ao campo e à alma humana”, pontuou.
Leitura corporal e expansão da consciência no processo de facilitação sistêmica
A mediadora, psicóloga e consteladora Yolanda Freire, destacou o livro como uma jornada de individuação. Para ela, trata-se de um processo simultâneo de aprofundamento e expansão de consciência. Segundo avalia, o livro evidencia uma trajetória de diferenciação de uma consciência experiencial que escolhe o próprio caminho.
Yolanda Freire sublinhou a seriedade do trabalho terapêutico apresentado e o preparo pessoal envolvido. Ressaltou que ser facilitador exige mais do que compreender dinâmicas individuais: requer aprofundamento da percepção. A experiência corporal de Ingra, oriunda da dança, contribui para esse processo ao transformar o corpo em antena perceptiva para o campo informacional.
Ao longo do livro, Ingra mostra como o corpo traduz sensações, sentimentos e percepções que não pertencem ao repertório individual. Há um trabalho de escuta do campo que se manifesta por meio de sinais, dores, olhares, posturas e emoções. Para Yolanda Freire, isso revela a importância da postura fenomenológica e da percepção diferenciada que o facilitador precisa desenvolver.
Ela também ressaltou a presença de um conteúdo técnico e ao mesmo tempo intuitivo. A função intuitiva descrita por Jung e observações da física contemporânea já reconhecem essa competência humana de captar sinais e decodificá-los sem racionalização direta. A Constelação, nesse contexto, não busca resolver problemas de forma linear, mas promover a expansão de consciência, destacou Yolanda.
A mediadora enfatizou que o livro apresenta um passo a passo preciso sobre como facilitar o processo. Aborda conceitos como liberação, inovação e o rompimento com padrões repetitivos, sempre com o objetivo de não apenas evitar emaranhamentos, mas evoluir. “Ingra traz uma visão clara sobre as máscaras, a persona, e os aspectos masculino e feminino internos, conduzindo à compreensão profunda da Constelação Familiar e Sistêmica como ritualística de transformação”, apontou.
“É o que vemos em Jung ao descrever a função intuitiva: uma escuta sutil que permite captar sinais e decodificá-los. A física contemporânea também começa a abordar essa competência humana. “Assim, Ingra apresenta o compromisso de não permanecer emaranhada, mas de evoluir.
“Você fala de consciência, liberação e inovação, e expõe, ponto a ponto, esse movimento de avanço. O que, afinal, se libera? Ao abordar o ato de soltar as máscaras, sair da persona, aprofundar no autoconhecimento e olhar para as forças femininas e masculinas internas, você revela com precisão um processo de expansão da consciência”, analisou.
Para Yolanda, o livro revela também o modo como a Constelação, enquanto ritualística de processo, pode ser descrita com clareza. “Você vai dizendo como é que você faz esse passo a passo, que é muito importante para quem tentar entender o que acontece”, disse.
Yolana Freire enfatizou a dimensão biológica dessa percepção. “É humana, mas também animal. Animais, mesmo a quilômetros de distância, percebem o que ocorre. Movem-se para se aproximar, afastar ou simplesmente esperar o tempo certo. Nós, humanos, também possuímos essa competência — uma capacidade que assusta, pois escapa ao controle racional”, pontuou.
Segundo a mediadora, essa competência permite acessar informações e uma sabedoria interna. “Quem facilita a Constelação está ali a trazer o diálogo possível entre o inconsciente e aquela consciência que se coloca em atendimento”, afirmou.
Ela destacou ainda o efeito coletivo do processo. “Você mostra como todos se beneficiam durante uma Constelação. Essa dimensão humana, natural e presente, também pode ser chamada de espiritual ou extrassensorial — e você consegue nomeá-la com precisão e profundidade”, explicou.
A ciência dos campos e a alma como matriz do movimento evolutivo
Ingra Lyberato abordou as possíveis interpretações místicas do seu trabalho. “Talvez a minha postura pareça, para muitas pessoas, mística, porque eu falo desse chamado do Universo. Mas isso tudo também tem uma base científica muito forte que está no livro.” Explicou que o uso do termo “chamado” remete à sincronicidade descrita por Jung. “Vejo um caminho todo marcado, com uma percepção fina dos sinais. Meu coração responde ou se fecha. Há uma auto-observação constante nesses processos.”
Declarou-se de natureza científica: “Quero entender.” Por isso, participou de um curso com Rupert Sheldrake, com quem teve aulas gravadas e encontros ao vivo: “Falo dele há mais de 20 anos”.
Com base no curso, esclareceu que o campo mórfico, ao contrário do que se divulgava, não libera o novo.
“O campo mórfico é só de repetição.” Citou o exemplo do centésimo macaco. “O próprio Rupert disse: essa experiência nunca aconteceu. É um exercício imaginativo.”
A partir dessa distinção, reconheceu a necessidade de nomear uma nova dimensão: “Ok, existe o campo de repetição, mas há também uma força que impulsiona o movimento. Essa força é a alma — no livro, chamo de campo psíquico.”
Indicou que a própria ciência usou o termo alma para esses campos de informação, mas evitou a palavra por seu vínculo com a espiritualidade. “Resolveram chamar de campo. Mas é egrégora, é alma, é a mesma coisa.”
(Egrégora é uma força espiritual ou energia coletiva criada pela interação de pensamentos, sentimentos e intenções de um grupo de pessoas).
Concluiu que a evolução se baseia no equilíbrio entre dois movimentos: repetição e inovação. “Nesse campo que rege uma espécie ou grupo, existe o campo mórfico da repetição e existe um outro movimento que pede inovação. A ciência da biologia aponta que a evolução depende desses dois vetores”, resumiu.
A Constelação como biotecnologia orgânica de captação do campo de informação
Ingra Lyberato prosseguiu com a abordagem ao destacar a dimensão ancestral e biológica da percepção humana. “Carrega no nosso inconsciente arcaico todo o registro da história da humanidade e da natureza”, afirmou.
Com base na ecopsicologia, mencionou que há milhares de pesquisas que indicam como a biotecnologia fisiológica humana foi moldada pelos reinos animal, vegetal e mineral. “Nós temos tudo isso no nosso ser”, declarou.
Sublinhou a importância da Constelação como instrumento de orientação e expansão. “É importante lembrar o poder, a seta de futuro que a abordagem nos traz.”
Relatou que acompanha aulas de cientistas, neurocientistas e físicos, e apontou uma constatação comum entre os que trabalham com ciência de fronteira: “Hoje a ciência explica 5% do universo. 95% não é medível pelos aparelhos de laboratório, nem pelos telescópios mais potentes.”
Citou o médico Sérgio Felipe, pioneiro no estudo da glândula pineal, que questiona como perceber os 95% restantes do universo. Segundo ele, será preciso recorrer a uma tecnologia que não depende de máquinas nem computadores.
Para Ingra, esse é o ponto de convergência com a Constelação. “Nós somos essa biotecnologia de ponta, orgânica, de captação de campo”, afirmou. E concluiu com convicção: “A Constelação ainda vai crescer muito nesse sentido da ciência também.”
A escuta do campo e a humildade diante do inconsciente
A mediadora Yolanda Freire retomou a fala com uma crítica à predominância da mente racional na compreensão da consciência humana. “Isso ainda revela uma falta de humildade diante do todo que somos”, afirmou. Segundo ela, a formação do neocórtex consolidou a ideia de supremacia da inteligência mental sobre outras formas de saber, como a corporal, a emocional e a espiritual.
Referindo-se ao conteúdo do livro de Ingra Lyberato, observou: “Você aborda a inteligência do corpo, das emoções e aquilo que hoje se reconhece como espiritual, por estar conectada ao sutil.” Mencionou o conceito junguiano do diálogo entre Ego – Self e destacou a importância de reverência ao inconsciente como instância dotada de ordem e sabedoria próprias.
“Da mesma forma, você fala da inteligência do todo. Jung também afirma que as sincronicidades se manifestam no coletivo, não apenas no interior do indivíduo”, acrescentou. Para ela, essas conexões surgem da interação entre sujeito e campo, por meio de percepção refinada capaz de captar o tempo, o espaço e a narrativa oculta em cada posição numa Constelação.
Yolanda sublinhou o papel essencial do facilitador: “Você descreve esse caminho de tradução entre os sinais e a configuração que envolve quem conduz.” Ressaltou que preparo técnico e sensibilidade afinada são indispensáveis. “Sem canais de percepção desenvolvidos e sem capacidade de escuta e diálogo com o inconsciente, o trabalho fica limitado.”
Alertou para os perigos das projeções: “É fácil projetar o que penso, o que acho, o que sinto.” E elogiou a abordagem de Ingra, que propõe escuta fundamentada no respeito: “Coragem não é fazer tudo o que nos atravessa. Existe um lugar de reverência. E quem estabelece a medida é a informação que chega.”
Fez, ainda, uma observação sobre a ética da prática sistêmica: “Os bons consteladores dizem: ‘Isso me parece?’, ‘Isso me indica?’ E quem responde é o movimento, o representante, o campo.” Para ela, Ingra revela na obra essa disposição ao diálogo entre o eu e uma consciência maior. “E isso não é fantasia.”
Aprendizado e escuta ativa como pilares da prática terapêutica sistêmica
Yolanda Freire destacou o caráter pedagógico das experiências descritas no livro de Ingra Lyberato. “Confirma-se, suaviza-se, as pessoas emocionam-se, sinalizam leveza. Cada experiência relatada constitui ensinagem. Isso mostra o caminho da liberação em curso”, declarou.
Para ela, o valor reside na postura de escuta e na qualidade do processo: “Atingimos o êxito quando ouvimos de verdade.”
Yolanda exaltou a humildade metodológica de Ingra: “Você revela camadas e aberturas para estabelecer diálogo com o campo presente.” Ela ressaltou a multiplicidade de abordagens integradas: “Ao incorporar TSFI, xamanismo e música, surgem convites sensíveis.”
Destacou que esses elementos ampliam a sensibilidade do facilitador: “Quem constela aprimora-se nas afinidades e nas sensibilidades próprias.” Para Yolanda, esse percurso exige atenção interior: “Você relata o quanto se percebeu nesse processo, recursos que permitiram avançar.”
Ela observou que a repetição não ocorre de forma fixa: “O fenômeno repete-se, porém em instâncias que propiciam inovação e liberação.” A mediadora também sublinhou a abordagem do pertencimento apresentada no livro.
Ela sintetizou com clareza: “Participo a partir da inovação, pois isso também representa a expectativa do meu sistema.”
O corpo como canal de consciência e transformação nas Constelações Familiares e Sistêmicas
Ingra Lyberato trouxe uma reflexão sobre o impulso natural por mudança. “A própria natureza nos pede para fazer diferente, para dar um novo passo”, afirmou. Ampliar a percepção não implica deixar de honrar o passado, mas sim expandir o olhar. “Não é o meu pai e a minha mãe. Tem um pai e uma mãe maior, a própria existência.” Reforçou que a escolha dos termos — “Deus”, “inteligência maior” ou “plano maior” — não limita. “Fico trazendo todos esses nomes para as pessoas se identificarem.”
Comentou que o processo de escrita exigiu cortes significativos. “Esse livro está com quase 300 páginas, mas tive que cortar muita coisa. A editora disse: ‘Ingra, entrega, e começa outro, por favor’, porque já passava de 400.”
Cada pessoa carrega e desenvolve ferramentas próprias. Citou Caetano Veloso: “A vida me deu, a Bahia me deu régua e compasso”, para ilustrar como experiências corporais e artísticas se entrelaçam com as bases da Constelação Familiar e Sistêmica. Lembrou que Bert Hellinger iniciou a prática a partir da terapia primal.
“Construiu uma sala toda protegida para terapia primal, e só depois começou a desenvolver a Constelação da maneira como está hoje”, ressaltou.
A Constelação nasce do corpo, não de gestos mecânicos. “Não é só um corpo que dá um passo para frente, outro para trás, ou para o lado. Vem de um corpo que sente.”
Destacou a importância da liberdade para expressão corporal como meio de acessar conteúdos profundos. “O trauma está no corpo. Ele é o inconsciente materializado.”
Desde a formação em dança, compreendeu que “os traumas precisam ser tocados e liberados vibracionalmente”.
Nem toda Constelação apresenta essa intensidade, mas há casos com manifestações físicas inevitáveis. “Pode ser só um uivo, ou um soco em um saco de boxe.”
Relatou uma vivência durante a formação com Claudina: “Na casa dela, havia um saco de boxe na varanda. Às vezes a pessoa precisa expressar aquilo.”
Por fim, mencionou o papel da música, trazido por Alexandra Caymmi, suíço-brasileira, psicopedagoga e psicoterapeuta, criadora da TSFI – Terapia Sistêmica Fenomenológica Integrativa. “Ela incorpora a música como parte do processo de transformação da vibração no campo. Vai direto ao coração. Realmente transforma.”
A expressão ancestral e espiritual na Constelação Familiar e Sistêmica
Ingra Lyberato aprofundou a discussão sobre a diversidade de abordagens dentro das Constelações Familiares e Sistêmicas, ao destacar a importância do silêncio, do movimento e da autenticidade de cada facilitador.
“Venho da Constelação clássica. Acho que o silêncio é fundamental. Precisa de silêncio, precisa do movimento”, afirmou. Para ela, cada constelador traz um dom pessoal ao processo. Citou Claudina como exemplo: “A constelação dela tem muita música. Meu Deus, só ela consegue fazer isso desse jeito.”
Relatou a precisão com que Claudina combina palavras, melodias e o campo que se forma na Constelação. “Ela intui a música. Cada palavra representa o campo que acontece ali”.
Ingra explicou que sua prática na TSFI envolve musicoterapia e traumoterapia, com espaço ampliado para expressão corporal. Em sua trajetória, a música surge de forma diferente: “Tenho experiência no xamanismo. Conheço profundamente hinos espirituais que chegaram para tocar a pessoa de uma maneira que às vezes nem ela mesmo entende como a transformação aconteceu.”
Descreveu esses cantos como alquimia, forças naturais que se movem e provocam transformações internas: “A pessoa nem sabe por que, mas aquilo liberou algo. Sons ancestrais, que tocam o coração e despertam conexão com o planeta.”
Alertou para manifestações mais intensas nas sessões de Constelação. “Vejo pessoas que não sabem o que fazer diante de uma manifestação mais intensa. Acho que cada um tem que saber o que dá conta, mas talvez seja interessante se preparar.”
Defendeu que as formações incluam preparação específica para lidar com essas situações.
Relatou uma vivência marcada pela repressão religiosa vivida por uma ancestral afrodescendente. “Facilitei uma Constelação em que o grande trauma do sistema era a supressão da expressão espiritual dessa antepassada. E, naquele momento, era isso que precisava emergir.”
Reforçou a importância de não se assustar diante de manifestações semelhantes à incorporação: “Não estamos em um terreiro, nem em uma igreja. Trata-se de um trabalho terapêutico. Mas pode, sim, ocorrer uma manifestação. E isso também é Constelação”.
Ela avançou na exposição ao enfatizar o papel da Constelação Familiar e Sistêmica como um espaço de acolhimento profundo das ancestralidades, especialmente daquelas ligadas a expressões religiosas e espirituais. “Tudo pode vir à tona para ser liberado, visto e abençoado”, afirmou. Para ela, o processo exige abertura de coração, inclusão e, sobretudo, respeito e humildade.
A facilitadora rejeitou qualquer protagonismo individual no processo. “Se eu acreditasse que sou eu que estou produzindo alguma coisa ali, ficaria muito pesado para mim”, declarou. Disse sentir leveza e coragem justamente por não se considerar autora dos movimentos: “Não crio teorias ou soluções para os representantes.”
Descreveu o trabalho como uma escuta ativa do campo e das manifestações que surgem. “Pergunto, o representante fala: ‘estou com medo, estou com muito medo’. Dali vem uma frase para traduzir isso que ele já sente.”
Quando o participante se sente seguro para atravessar esse medo com o corpo, ocorre uma liberação: “Isso é libertado, compreendido e transformado.”
Ao abordar manifestações mais intensas, respondeu à pergunta frequente sobre o peso emocional da prática: “Saio muito leve. Porque não sou eu que realiza isso. É pura expressão do campo.”
Ingra compartilhou a leitura de um trecho marcante da obra de Bert Hellinger. Há cinco anos conduz um grupo de estudos sobre os livros. Citou a metáfora do constelador como guerreiro: “Ele entra num campo de batalha, com sangue, gente caída, vai até a ferida mais exposta sem medo, acolhe a pessoa que agoniza, inclui e permite que a coisa aconteça.”
Para Ingra, a recusa em olhar certos conteúdos já configura interferência do ego. Ressaltou, no entanto, que é possível se preparar para enfrentar essas situações com responsabilidade e competência.
A Constelação que acontece antes da Constelação
Ingra Lyberato deu sequência à reflexão sobre os caminhos de desenvolvimento da sensibilidade e da percepção ampliada no campo das Constelações Familiares e Sistêmicas. Ao abordar sua experiência com o xamanismo, destacou esse saber ancestral como um dos veículos possíveis para o aprimoramento da escuta interna. Ressaltou, porém, que a sensibilidade não se limita a esse caminho. “Qual é o seu canal de aprimoramento, de liberação?” — questionou, ao sugerir que cada indivíduo deve descobrir sua própria via de conexão com as informações mais sutis.
Ingra mencionou práticas corporais e a importância de aprofundar as raízes como forma de sustentação para acessar essas dimensões. Citou exemplos de formações e experiências pessoais que a ajudaram a consolidar esse percurso. “Quanto mais a gente aprofunda nossas raízes, mais sustenta esse outro lugar de percepção diferenciada.”
A autora explicou que nem tudo que é desenvolvido em seu percurso pessoal é aplicado diretamente no espaço da Constelação Familiar e Sistêmica. Existe, segundo ela, um filtro ético e técnico que determina o que é apropriado para o campo. Reforçou a importância da presença e da intencionalidade no ato de facilitar, ao destacar que quem chega para constelar também chega como agente de transformação.
“Está se trazendo, está trazendo seu sistema, está atuando no sistema”, evidenciou.
Ingra enfatizou que o processo de Constelação não começa no momento da facilitação. Para muitos, ele se inicia muito antes, no lugar de representante.
“É a Constelação que acontece antes da Constelação.” Citou a experiência de pessoas que frequentam como representantes por um longo período antes de se sentirem prontas para constelar seu próprio sistema. “Muita gente espera o seu tempo de ‘agora eu posso’, mas elas já estão ali em preparação.”
O tempo expandido da Constelação
Ingra Lyberato explica que o processo da Constelação Familiar e Sistêmica se inicia quando o interessado agenda a sessão.
“Eu até aviso: presta atenção nos sonhos, sintoma físico, insight, sincronicidade, porque o processo começa já quando a pessoa marca”, disse.
A reflexão conduziu a uma questão recorrente entre os participantes: a necessidade de presença física para constelar. Ingra afirmou que o trabalho pode ocorrer também em grupo e de forma não presencial.
Relembrou conversas com Yolanda Freire sobre a existência de outras dimensões além daquelas reconhecidas pelos sentidos físicos. “Tudo isso hoje já está sendo muito explicado pela física, pela ciência. Já foram comprovadas mais de doze dimensões.”
Ingra defendeu que há uma base científica sólida para compreender o funcionamento das Constelações em contextos não locais. Referiu-se à teoria do emaranhamento quântico, aos estudos sobre hereditariedade e aos impactos inconscientes nas escolhas individuais: “A ciência caminha totalmente nessa direção.”
Ao ilustrar a dimensão não local, recorreu ao comportamento do elétron na física quântica.
“O elétron não desapareceu. Ele só se localiza, só se revela quando o observador observa com uma determinada intenção.” Para ela, a ausência do elétron em nossa dimensão indica que ele habita outro plano: “Não local significa que não é aqui na terceira dimensão.”
Concluiu que a Constelação atua em dimensão fora do tempo e do espaço convencionais.
“É fora do tempo linear.” Citou como exemplo uma experiência pessoal: “Uma vez por mês faço um encontro gratuito em que sorteio uma Constelação virtualmente para quem nunca conheceu, para sentirem no corpo, experimentarem.”
A Constelação como experiência não linear de tempo
Ingra Lyberato relatou uma vivência que ilustrou sua compreensão da Constelação Familiar e Sistêmica como prática situada fora dos limites do tempo linear. Em um dia comum, ao retornar de uma caminhada, descreveu ter sentido uma intensa descarga energética saindo de sua mão. Afirmou já ter vivenciado essa sensação em experiências de respiração profunda e renascimento: “Como se um cometa estivesse saindo da mão, uma luz, algo que não sei explicar, mas muito forte.”
Destacou o caráter inesperado do fenômeno. “Nem pensava nisso. De repente aconteceu.” A surpresa se intensificou quando, horas depois, no sorteio habitual de uma Constelação virtual, conduziu o atendimento de uma participante da Bahia. A temática da sessão girava em torno da relação da cliente com a espiritualidade e sua prática terapêutica.
Sem saber previamente do conteúdo da demanda, Ingra afirmou que a Constelação revelou um dom de cura pelas mãos, posteriormente confirmado pela constelada: “O campo veio falar comigo antes dela ser sorteada.”
A experiência, segundo Ingra, demonstra a atuação do campo fenomenológico em uma dimensão não local e atemporal. “É outro lugar. É uma viagem no tempo.”
Ressaltou que tanto a ciência contemporânea quanto os saberes ancestrais indicam a existência de realidades além da lógica cartesiana: “O paradigma da ciência de ponta, assim como da nossa ancestralidade originária, quebra essas barreiras da mente.”
A Constelação além da presença física
A mediadora Yolanda Freire destacou a validade das Constelações realizadas em ambiente virtual, ao reforçar que o campo fenomenológico atua de forma não local: “Os clientes posicionam os representantes, que relatam sensações e percepções. Existem várias formas de constelar on-line, e sim, acontece.”
Segundo ela, a pandemia da Covid-19 obrigou profissionais da área a se reinventarem. A Constelação, como outras práticas, adaptou-se à nova realidade: “Entramos numa nova dinâmica. Foi uma grande doença coletiva e aprendemos a fazer de outro jeito.”
Yolanda ressaltou que as experiências em ambiente digital não perdem intensidade: “Acontece em grupo, com gente em Nova York, Portugal, no Brasil, duas pessoas no Sul, três no Nordeste, a consteladora no Rio de Janeiro ou na Bahia. Em São Paulo. E as Constelações acontecem. Profundas.”
A experiência artística como campo de consciência
Selma Horta, educadora, terapeuta e fundadora do espaço Daraluz – Clareando Horizontes, construiu uma trajetória entrelaçada à Educação, à Saúde e à Cultura. Formada em Letras e Educação Física, iniciou-se cedo em práticas integrativas voltadas ao desenvolvimento humano. Há 29 anos, atua na promoção de atendimentos, eventos e ações em saúde complementar para pessoas físicas e instituições.
Durante o encontro, Selma levantou uma questão sobre a vivência corporal na arte. Ao mencionar o preparo físico da artista, especialmente na dança, perguntou: “Você não acha que, mesmo sem falar em Constelação, esse corpo já acessa um campo?” E completou: “Gostaria que você comentasse esse paralelo, porque quem não conhece ou rejeita a Constelação, muitas vezes por desconhecer os fundamentos, tende a ver tudo como algo excêntrico.”
Ingra Lyberato respondeu de modo enfático: “A vida é um grande campo. A vida é um fenômeno.” Para a atriz, o corpo e suas memórias formam uma rede vibracional de informações que nos habita e guia. “Tudo é fenomenológico.”
Ao refletir sobre a própria trajetória artística, Ingra reconheceu que cada personagem vivenciado por ela revelou um campo específico: “Eu fui convocada para viver aquelas histórias. Hoje sei que todas tinham algo profundo sobre maternidade.”
A construção das personagens sempre partiu de um processo de imersão. “Vou criar uma história passada, uma relação com pai e mãe. Se o autor não me disse, eu crio esse pai, essa mãe. Vou mergulhar e me conectar com um campo que não sei qual é”. Segundo ela, a criação artística é apropriação de campo, ainda que com outro nome.
“Escrevo cartas para esse pai, essa mãe, para um amor antigo. Crio memórias de infância, descubro roupas, medos, desejos. Isso é apropriação de um campo que chegou para mim, só que tem outro nome: criação artística. Mas é a mesma coisa”, pontuou.
Ela comparou dinâmicas familiares às práticas teatrais da Grécia Antiga, ao ressaltar a busca por visualização das imagens internas. Lembrou que o teatro grego promoveu catarse coletiva ao representar medos, desejos e tragédias, exigiu até a presença de paramédicos diante das intensas reações emocionais.
“O processo catártico do teatro tem a ver com autoconhecimento, autoliberação, cura de traumas”, afirmou.
Para ela, a Constelação Familiar e Sistêmica opera de forma semelhante. A grande diferença, destacou, reside na dissociação do ego: “Na vida real, estamos dominados pelo ego. Briguei com minha mãe, mas a vaidade do ego impede que peça desculpas.”
Já na Constelação, representantes, livres da vaidade do ego, expressam diretamente sentimentos profundos.
“Um representante diz: ‘Estou com vergonha da minha mãe’. Então vai e abraça. Essa mãe acolhe, porque também carregava vaidade”, constatou.
Esse mecanismo, segundo Ingra, promove a liberação de nós emocionais e viabiliza o movimento de reconciliação. “A Constelação traz sentimentos puros e verdadeiros, sem comando do ego. Ali aquilo que estava bloqueado se desfaz, o nó se solta, o movimento ocorre.” E acrescentou que esse processo liberta vaidades e arrogância a ponto de tornar a Constelação desnecessária ao permitir que a vida mesma ocupe esse lugar. “Quanto mais nos libertamos, menos precisamos de Constelação. A vida já oferece tudo que é necessário.”
Destino entre o inconsciente e a libertação
Ingra Lyberato sustenta que “a Constelação apresenta forças psíquicas que conduzem nossa vida. Elas são inconscientes, instintivas e grupais.” Se não houver tomada de consciência dessas forças, alertou, o indivíduo repetirá padrões ancestrais.
O estudo dessas dinâmicas, segundo a facilitadora, oferece chaves para superar essa prisão psíquica. Sem conscientização das bases familiares, ressaltou, o indivíduo busca criar nova história, mas permanece preso ao passado.
“Enquanto não reconhece e não inclui no coração tudo que foi vivido e escolhido por eles, que fizeram o melhor que puderam, a gente fica preso”, pontuou.
Ingra observou que esse processo inconsciente se manifesta como destino.
“O destino pode ser um processo inconsciente de repetição, que na Constelação chamamos de dinâmicas ocultas.” Ao trazê-lo à consciência, afirmou, é possível libertar-se e iniciar novas trajetórias.
“Talvez as histórias não sejam totalmente novas, mas de alguma forma inovamos nossa existência e vivemos novas experiências”, destacou.
Claudina Ramírez e o encontro entre técnica, arte e ética
Claudina Ramírez é terapeuta sistêmica com atuação internacional e trajetória marcada pela união entre técnica, espiritualidade e compromisso social. Bacharela em Direito, formou-se em Psicologia Social pela Escola de Pichon Rivière e atualmente aprofunda seus estudos no DEP. Coordena a Formação em Terapia Sistêmica Fenomenológica Integrativa (TSFI) na Bahia, com interlocução entre Brasil e Suíça. É criadora do método ConstelaSom, ao lado do musicoterapeuta André Bertotti. Fundadora do Espaço Brilha Yewá, no sul da Bahia, conduz retiros baseados em saberes ancestrais, práticas sistêmicas e escuta corporal.
Ela iniciou sua fala ao lembrar o vínculo com Ingra Lyberato desde os tempos de escola. “Quando chegou ao meu espaço, reconheci a menina que brilhou desde cedo”, relatou, ao citar o retiro localizado no sul da Bahia.
Destacou a importância do primeiro livro de Ingra, ‘O Medo do Sucesso’, como porta para processos profundos de autoconhecimento. Chamou atenção para relevância das referências familiares: pais que se dedicaram às artes, culturas originárias e espiritualidade. “Dona Alba exala histórias e poesias”, afirmou, ao reforçar o valor da ancestralidade na formação da autora.
Claudina elogiou a qualidade de neutralidade de Ingra em debates ideológicos. Enfatizou que seu caminho como representante a libertou da necessidade de persuadir ou impor ponto de vista. “Ela pode dizer: ‘Esta é minha verdade e respeito a sua’.” Expressou confiança na trajetória da amiga: “Que você voe muito alto. Escreva outros 20, 30, quem sabe 100 livros.”
Por fim, abordou a convergência entre diferentes metodologias na coordenação da formação TSFI na Bahia. Citou o trabalho profundo de corpo da DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo) na distinção entre densas e sutis vibrações, como base técnica e ética.
“Para mim, não pode haver exclusão. A TSFI reconhece todos os níveis vibracionais e os integra em seus exercícios”, pontuou.
Alba Regina Liberato e a neutralidade filial
Mãe de Ingra Lyberato, Alba Regina Liberato é artista plástica, escritora, roteirista e poetisa. Formada como professora, decidiu se dedicar às artes ao lado do esposo, o cineasta Chico Liberato e à criação dos cinco filhos num sítio situado em Salvador.
Foi ativista dos direitos humanos e da cultura do Norte e Nordeste como expressão do Brasil profundo. Desenvolveu uma educação dentro da arte e da natureza para os cinco filhos e para centenas de jovens que frequentaram e ainda hoje frequentam a casa Liberato para aprender sobre o fazer artístico.
Alba destacou a neutralidade como qualidade marcante na relação entre mãe e filha e ideal que guia na vida pública de Ingra Lyberato. “Você não concorda comigo, mas também não me corrige com sermão”, disse. Para ela, esse equilíbrio fortalece o vínculo e oferece segurança emocional.
A artista plástica, escritora, roteirista e poetisa expressou gratidão pelo modo como Ingra direcionou sua visibilidade. “Você soube converter fama em saber e influência profunda”, afirmou, ao ressaltar a disciplina e dedicação ao ser humano como marcas da trajetória da filha.
Ela concluiu ao convidar Ingra a continuar na trajetória como escritora: “No escrever você consolida conhecimento e transfere esse capital recebido de amigas e formadoras para outras pessoas”.
Gratidão e reverência marcam o encerramento do encontro
Ingra Lyberato encerrou a participação com uma homenagem emocionada a Alba Regina Liberato. “Minha mãe é muito apaixonante. Sempre reverencio e muitas vezes peço bênção mesmo”, disse.
Reconheceu que a convivência não é idealizada, mas sim pautada por uma cumplicidade profunda: “Nossa parceria também é para mergulhar nas nossas sombras. Iluminar e transformar, porque já entendemos por que estamos aqui e não queremos desperdiçar esse tempo sagrado de uma existência.”
A atriz reforçou o compromisso com o processo de evolução mútua e agradeceu à mãe pela vida e pelas bênçãos recebidas.
Yolanda Freire, mediadora do evento, seguiu na mesma linha afetiva. Dirigiu-se a Alba Liberato com deferência: “Gratidão aqui pela cota que estou a ancorar, a cota das pessoas que têm a bênção de encontrar a Ingra.”
Agradeceu também à autora pelo presente do livro e ao público pela confiança: “As trocas foram profundas. Muito grata por tudo que esse encontro reverbera e continuará a reverberar em nós.”
A atriz, escritora e facilitadora sistêmica Ingra Lyberato durante terceiro Projeto Autoria defende linguagem que combine arte, ciência, cotidiano e espiritualidade: “Quanto mais a gente aprofunda nossas raízes, mais sustenta esse outro lugar de percepção diferenciada”
Live do terceiro Projeto Autoria, promovido pelo Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas no dia 25 de junho com a atriz, escritora e consteladora Ingra Lyberato: reflexões sobre o novo livro ‘O Despertar do Amor Sistêmico’, integração entre saber, experiência e ancestralidade
A psicóloga e diretora de Fundamentos Teóricos do CECS Yolanda Freire foi a mediadora do encontro: “Você fala de consciência, liberação e inovação. Mostra esses passos ponto a ponto no livro”
A terapeuta sistêmica e professora Claudina Ramírez: “Que você voe muito alto. Escreva outros 20, 30, quem sabe 100 livros”
A mãe de Ingra Lyberato, Alba Regina Liberato: “No escrever você consolida conhecimento e transfere esse capital recebido de amigas e formadoras para outras pessoas”
A educadora e terapeuta e fundadora do espaço Daraluz – Clareando Horizontes, Selma Horta, construiu uma trajetória entrelaçada à educação, à saúde e à cultura
Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) – Assessoria de Comunicação – Contato para informações e entrevistas: (62) 9-8271-3500 (WhatsApp)