
Em evento de reciclagem, presidente do CECS compartilha bastidores da mobilização nacional pela valorização das Constelações e destaca olhar clínico-sistêmico sobre sintomas e doenças. Participam da condução do evento as professoras Maria Inês Araújo Garcia Silva e Sonia Suzana Caldas de Farias, referências na abordagem. Integrantes da entidade do Sul do país manifestam intenção de se filiar ao Centro de Excelência. “Teremos muito a fazer juntos”, afirma médica
A presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos, especialista em medicina preventiva e social, participou do encontro de reciclagem promovido pelo Raízes Instituto, sediado em Florianópolis (SC), no dia 22 de novembro de 2025.
Em sua apresentação, Dagmar Ramos compartilhou as lutas institucionais travadas pelo CECS em defesa da abordagem sistêmica. Na segunda parte do encontro, trouxe uma reflexão profunda sobre Constelação, sintomas e doenças, um olhar sistêmico sobre o corpo, a saúde e as manifestações físicas enquanto expressões de dinâmicas familiares inconscientes.
O Raízes Instituto, responsável pela organização do encontro, é reconhecido nacionalmente pela excelência e ética na atuação com Constelação Familiar clássica. Com uma trajetória marcada por tradição e compromisso, reúne professores com décadas de experiência e formação internacional, sendo referência na área.
O evento foi conduzido pelas professoras Maria Inês Araújo Garcia Silva e Sonia Suzana Caldas de Farias, nomes de destaque no cenário nacional da Constelação Familiar, psicologia e desenvolvimento humano.
Maria Inês Araújo Garcia Silva é psicóloga clínica, consteladora familiar e sócia-fundadora do Raízes Instituto. Com mais de 40 anos de experiência, possui formação direta com Bert Hellinger, criador e principal referência mundial das Constelações. Sua atuação se destaca pela consistência clínica e pela formação de novos profissionais na abordagem sistêmica.
Sonia Suzana Caldas de Farias é economista, psicóloga, consteladora familiar e contoterapeuta. Dedica sua trajetória a movimentos voltados ao universo feminino e é criadora de diversas ferramentas e mecanismos de desenvolvimento pessoal. Com uma abordagem inovadora e sensível, utiliza a contoterapia como recurso terapêutico de fortalecimento emocional e transformação interior.
A condução do evento pelas duas especialistas conferiu profundidade, sensibilidade e rigor técnico ao conteúdo, ao promover reflexões significativas e experiências enriquecedoras aos participantes.
Lutas institucionais e defesa das Constelações
Durante a apresentação no encontro de reciclagem promovido pelo Raízes Instituto, a presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), médica Dagmar Ramos, compartilhou um relato minucioso sobre o histórico de mobilização em torno da defesa institucional das Constelações Sistêmicas no Brasil. Ela contextualizou os desafios enfrentados por consteladores, instituições e praticantes diante das críticas e tensões recentes, especialmente no campo jurídico da saúde pública e acadêmico.
Em sua fala, relembrou sua trajetória de formação na Dinâmica Energética do Psiquismo (DEP), em São Paulo, nos anos 1990, quando teve contato com fundamentos da espiritualidade, psicologia transpessoal e técnicas de expansão de consciência. O primeiro contato com as Constelações aconteceu logo depois, e rapidamente a abordagem passou a ocupar lugar central em sua prática profissional e pessoal.
Após retornar a Goiânia para assumir responsabilidades no Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo – Casa de Eurípedes —, fundado por sua família e referência em saúde mental no estado de Goiás, Dagmar inseriu a homeopatia e aprofundou o trabalho com a psiquiatria e a Constelação Familiar.
Ela relatou ainda ter participado da segunda turma do treinamento internacional em Constelações, coordenado por mestres como Jakob Schneider, Sieglinde Schneider e Gunthard Weber. Este último, também médico psiquiatra, convidou Dagmar para coordenar a equipe brasileira do primeiro estudo multicêntrico internacional sobre sintomas, doenças e Constelações, que envolveu sete países.
A experiência levou à fundação do Instituto Brasileiro de Soluções Sistêmicas (IBS Sistêmicas), com sede em Goiânia, responsável pela formação de mais de 600 profissionais nas áreas de Constelação Familiar e Organizacional. Ao mesmo tempo, manteve atuação na medicina, e conciliou a maternidade e posteriormente a experiência como avó, que compartilhou de maneira afetiva com os presentes.
Críticas, notas técnicas e mobilização política
Dagmar relatou que, a partir de 2023, as Constelações passaram a sofrer ataques coordenados, especialmente após a publicação da Nota Técnica nº 1/2023, do Conselho Federal de Psicologia, em 03 de março daquele ano.
A nota intensificou as críticas que associaram a prática a violações de direitos humanos ao alegar, por exemplo, que a abordagem poderia retraumatizar mulheres vítimas de violência doméstica. Em paralelo, tramitava no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um processo de avaliação da legitimidade do uso das Constelações no sistema judiciário.
A médica destacou que o Brasil havia se tornado referência mundial na aplicação da Constelação no Judiciário, com iniciativas pioneiras lideradas por magistrados como Sami Storch. Ela mesma contribuiu com projetos aplicados em presídios no Ceará e em unidades de atendimento socioeducativo em Goiás. A reação institucional surgiu com força a partir de uma carta escrita por seis psicólogas de diferentes universidades públicas em defesa da abordagem, endereçada ao CFP, que, no entanto, não respondeu à solicitação de audiência.
Surge o movimento “Sou da Constelação”
Diante do cenário adverso, nasceu o movimento “Sou da Constelação”, que reuniu terapeutas, psicólogos, profissionais de diversos áreas consteladores e apoiadores. A atriz e escritora Ingra Lyberato aderiu à mobilização, que cresceu rapidamente. O grupo buscou diálogo com parlamentares e membros do CNJ, com articulação institucional e conscientização. O movimento contou com o apoio jurídico da advogada e procuradora federal Andréa Vulcanis, Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, que viabilizou o envolvimento do conceituado escritório Walter Moura Advogados Associados (WMAA).
O movimento conseguiu barrar, em uma votação apertada no CNJ, uma proposta que poderia inviabilizar o uso da Constelação em ambientes jurídicos. A vitória foi possível graças a um pedido de vista feito por um dos membros do conselho. Isso impediu que a votação, que já estava em 7 a 1 contra, fosse concluída naquele momento.
Fundação do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas e novos rumos
A partir da mobilização, nasceu formalmente o Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), com o objetivo de reunir consteladores e profissionais comprometidos com formação séria, alinhamento técnico e ético, e fortalecimento institucional da abordagem.
O CECS atua também na produção de um código de ética próprio e no suporte à atuação das Constelações no judiciário.
A associação conta hoje com cerca de 300 membros e trabalha para expandir sua base, viabilizar financeiramente o trabalho jurídico, de comunicação e estrutura. A meta da atual gestão é criar núcleos regionais, inspirados no modelo da Associação Alemã de Constelações Sistêmicas (DGfS), com quem mantém diálogo e cooperação ativa.
Dagmar fez reflexões sobre a jornada, ao reforçar o papel da união, da atuação coletiva e da formação sólida para assegurar o futuro da abordagem no Brasil.
Atuação no Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH)
Durante encontro promovido pelo Raízes Instituto, Dagmar Ramos, fez relatos atualizados sobre as ações de defesa institucional da abordagem sistêmica diante de novos episódios de questionamento.
Ela revelou que, após os acontecimentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a interrupção da votação, o Instituto Questão de Ciência (IQC) levou uma nova denúncia ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
Segundo ela, já se comprovou que a denúncia foi forjada, construída a partir do relato de mulheres que alegaram se sentir lesadas por uma Constelação, sem respaldo técnico nem espaço de defesa.
Na ocasião, no dia 08 de fevereiro de 2023 — mesma data do nascimento de seu neto — Dagmar seguiu diretamente da maternidade para Brasília, onde participou de uma reunião com o então ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, acompanhada de outros consteladores. O grupo reivindicou espaço de escuta e esclarecimento, uma vez que a denúncia estava sendo processada sem a participação de representantes da área.
Na sequência, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) no CNDH com o objetivo de avaliar os impactos das Constelações, especialmente no que tange aos direitos humanos.
GT sem representação técnica da abordagem
Dagmar destacou que um novo GT, criado no ano seguinte, não incluiu nenhum representante do campo das Constelações. Após articulação direta junto à defensora pública federal Charlene da Silva Borges, presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), as três principais associações do país se uniram e assinaram uma nota conjunta em que destacou a ausência de paridade e de conhecimento técnico na composição do grupo.
A ação foi liderada pelas três entidades representativas do campo no Brasil: Associação Brasileira de Consteladores Sistêmicos (ABC), Instituto Brasileiro de Consteladores Familiares (IBCF) e Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS).
A nota foi enviada à ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, e ao CNDH, o que gerou abertura para que o CECS participasse de uma reunião.
Durante o encontro, ficou evidente, segundo Dagmar, o aparelhamento do GT pelo IQC, que havia indicado dois falsos “notórios saberes” em Constelação: ambos assumidamente críticos da abordagem e sem qualquer vivência ou formação na área.
A presidente do CNDH, Charlene da Silva Borges, sensibilizada com os fatos apresentados, promoveu mudanças na estrutura do GT. Ainda assim, o processo permanece indefinido e em fase de estagnação.
CECS avança diálogo com Raízes Instituto e convida profissionais para filiação
Ao final da explanação, Dagmar Ramos reforçou a importância da organização e do fortalecimento institucional por meio do CECS. Convidou os profissionais ligados ao Raízes Instituto a se filiarem à entidade, ao destacar que a associação está comprometida com o processo de acolhimento e integração regional.
“Vamos fazer um movimento especial para que possam se filiar ao CECS. Nossa intenção é ter uma presença mais orgânica de todos na instituição e, quem sabe, na coordenação do núcleo Sul”, afirmou.
A presidente ressaltou que há espaço para colaboração efetiva e construção conjunta. “Teremos muito a fazer juntos”, pontuou.
O corpo como expressão de dinâmicas sistêmicas
Dando continuidade à sua participação no encontro promovido pelo Raízes Instituto, a presidente do CECS, Dagmar Ramos, abordou o tema das Constelações, sintomas e doenças com base em sua experiência clínica e acadêmica de mais de duas décadas.
Dagmar relatou ter estruturado um curso de aprofundamento focado nas relações entre sintomas, doenças e Constelações, ao destacar sua vivência acumulada ao longo de 22 anos de prática com o método fenomenológico.
O curso, que está em andamento, tem revelado descobertas significativas e deve se transformar em um projeto de pesquisa aplicado ao hospital psiquiátrico onde atua. Segundo a médica, os resultados preliminares, observados em pacientes com diferentes diagnósticos, são promissores tanto no acolhimento dos sintomas quanto na adesão ao processo terapêutico.
Ela explicou que o olhar sistêmico sobre o corpo permite compreender os sintomas e doenças como expressões de algo mais profundo que busca equilíbrio — uma visão que dialoga diretamente com os fundamentos da homeopatia, sua especialidade médica.
“O corpo fala o que muitas vezes a consciência ainda não pode nomear. Ao escutar o corpo, abrimos espaço para a verdade que pede integração”, afirmou.
Referenciais epistemológicos e a construção do campo
Em sua exposição, Dagmar fez referência às obras “A Doença como Caminho” e “A Doença como Linguagem da Alma”, dos autores Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke. Apontou que, aliadas à abordagem das Constelações, essas leituras ganham uma nova dimensão interpretativa e terapêutica.
Ela defendeu que as Constelações oferecem uma abordagem revolucionária no campo da medicina e da psicologia, ao tratar sintomas como manifestações simbólicas de lealdades familiares inconscientes.
Na prática clínica, segundo Dagmar, constelar um sintoma permite que a vida volte a fluir em seu curso natural. O corpo, nesse processo, torna-se aliado e mensageiro da cura. Destacou ainda a importância da postura interna do constelador, ancorada na escuta, na presença e na ausência de julgamento.
“A presença, o olhar sem expectativa e a entrega ao campo são atitudes que transformam o processo terapêutico”, ressaltou.
O campo como ferramenta terapêutica
Dagmar enfatizou a importância da qualidade do campo gerado em uma Constelação, especialmente quando se trata de temas ligados à saúde.
Segundo ela, o campo é formado a partir do silêncio, da atenção plena e da presença do facilitador. “É um espaço vivo, onde tudo comunica: corpo, emoção, energia. Cuidar do ambiente, do estado interno e dos representantes é cuidar do cliente”, disse.
A médica também abordou a delicadeza necessária ao conduzir cada movimento do cliente com o sintoma, em respeito ao tempo da consciência e ao ponto de integração possível. Ela compartilhou que sua forma de constelar teve também influência da série ‘Another Self’ (‘Uma Nova Mulher’, no Brasil, da Netflix), e que incorporou práticas como o fechamento dos olhos e a reconexão com o corpo no início das sessões.
Clínica, evidências e a necessidade de pesquisa científica
Dagmar finalizou a apresentação com uma convocação ao engajamento acadêmico e institucional. Destacou que as evidências clínicas já apontam os efeitos das Constelações na saúde mental, e que agora o desafio está em transformar essas experiências em dados científicos organizados.
“Precisamos avançar nesse campo. Sabemos que nada começa com a pesquisa pronta. Começa com a evidência clínica, e depois se transforma em projetos formais de pesquisa. Esse é o caminho”, afirmou.
Segundo ela, uma das metas do CECS é justamente oferecer apoio técnico e institucional a consteladores e institutos que desejam submeter práticas a protocolos de pesquisa, tendo em vista colaborar para o reconhecimento e expansão da abordagem no meio acadêmico e científico.
Reconhecimento ao compromisso e à entrega
Durante a aula conduzida pela médica Dagmar Ramos, a psicóloga clínica, consteladora familiar e sócia-fundadora do Instituto Raízes, Maria Inês Araújo Garcia Silva, fez intervenções que valorizaram a trajetória apresentada e ressaltaram a importância do compromisso institucional com a abordagem sistêmica.
Maria Inês iniciou a fala com elogio à participação de Dagmar, ao classificar a exposição como “uma pincelada maravilhosa”. Ela destacou que o convite para sua presença no evento foi motivado pela clareza de sua dedicação. Citou, também, a atuação do CECS. “O trabalho que vocês fazem é de uma entrega, de uma disponibilidade que só quem tem a postura do verdadeiro constelador poderia sustentar”, afirmou.
Ela também reconheceu a entrega de tempo, amor e energia envolvidos nas lutas travadas pelo CECS, ao reforçar o comprometimento do Instituto Raízes em apoiar o movimento.
“Vamos trabalhar, sim, para que nossos alunos se associem. Temos pessoas potentíssimas aqui no Sul. Quem sabe possamos, como Instituto Raízes e como egrégora, constituir esse núcleo e atuar juntos no fortalecimento da Constelação”, propôs.
Diálogo entre saberes e novas formas de representação
Em tom reflexivo, Maria Inês destacou a postura ética e serena de Dagmar diante dos desafios institucionais. “A sua atitude nos ensina que não é preciso justificar ou se defender o tempo todo. Quando algo emerge, o próprio movimento nos impulsiona para o próximo passo”, pontuou. Segundo ela, essa postura favorece não apenas a legitimidade da Constelação como abordagem, mas também a criação de um espaço de convivência entre diferentes visões de mundo.
Para Maria Inês, esse campo de possibilidades se constrói por meio do respeito à inclusão e ao diálogo entre saberes diversos ou mesmo opostos. “É também uma nova forma de apresentar a Constelação em espaços delicados, que exigem responsabilidade e presença.”
A metáfora do beija-flor e o significado da entrega
Ao encerrar a fala, a fundadora do Instituto Raízes expressou gratidão pelo compartilhamento da experiência e reiterou o interesse em contribuir ativamente com os esforços institucionais. “Deixamos esse campo aberto para vocês, no que for preciso. Vamos refletir juntos sobre como podemos contribuir com uma obra tão grandiosa e essencial”, declarou.
Durante a participação da médica Dagmar Ramos no encontro promovido pelo Raízes Instituto, a economista, psicóloga, consteladora familiar e contoterapeuta Sonia Suzana Caldas de Farias, professora da casa, fez um depoimento em que destacou a grandeza do comprometimento ético e institucional da palestrante Dagmar Ramos com a abordagem sistêmica.
Sonia iniciou sua fala ao recordar a imagem do beija-flor que, em meio à floresta em chamas, insiste em buscar gotas de água no oceano para tentar conter o fogo. Ela reconheceu em Dagmar Ramos essa postura de entrega total, mesmo diante das adversidades.
“O meu passarinho é muito pequeno perto do teu, mas eu vejo o teu beija-flor a abençoar todos nós”, disse.
Ela destacou o gesto de Dagmar ao sair da maternidade, no dia do nascimento do neto, para defender publicamente as Constelações em reunião com o Ministério dos Direitos Humanos.
Sonia enfatizou que o trabalho com Constelações vai além de um ofício. Para ela, trata-se de um chamado, uma missão sustentada pelo amor e pelo compromisso com a transformação humana.
“O trabalho da Constelação não é uma profissão. É algo que se faz com o coração.” Ela contou que, mesmo em situações cotidianas, como num salão de beleza, aproveita cada oportunidade para transmitir os princípios do trabalho sistêmico às pessoas ao seu redor.
Ao final de sua fala, Sonia lembrou a motivação que uniu, desde o início, as fundadoras do Raízes Instituto: o desejo de que o mundo conheça a potência da Constelação Familiar. “Foi por isso que nós nos unimos. Um dia, lá atrás, percebemos que o mundo precisava conhecer esse trabalho. E é isso que a gente faz, todos os dias”, destacou.
Ela agradeceu a presença de Dagmar Ramos e manifestou o desejo de que sua contribuição continue sendo compartilhada amplamente.
Legado internacional e vínculo pessoal
Ao concluir a participação no encontro promovido pelo Raízes Instituto, a médica psiquiatra e psicoterapeuta Dagmar Ramos fez uma homenagem afetiva e profissional ao médico alemão Gunthard Weber, figura central na disseminação internacional das Constelações Familiares e uma de suas maiores referências pessoais e acadêmicas.
Dagmar destacou o impacto do trabalho de Gunthard Weber, com quem compartilhou não apenas vínculos profissionais, mas também um encontro de alma, como ela própria definiu.
Segundo a médica, Weber, atualmente com mais de 80 anos, segue ativo em ações humanitárias na África, com especial atenção a projetos educativos voltados a crianças em situação de vulnerabilidade. Embora não viaje mais para o Brasil, mantém interesse e acompanha os desdobramentos da abordagem sistêmica no país. Ela também lembrou a passagem histórica do alemão por Porto Alegre.
Encerramento: disposição para futuras colaborações
A psicóloga clínica Maria Inês manifestou admiração pela entrega pessoal de Dagmar, ao definir sua disponibilidade de alma como “surreal”.
Em resposta, a médica atribuiu essa entrega ao legado familiar: “Meu pai, minha mãe e meus avós fizeram muito mais”. Maria Inês, então, fez uma reverência simbólica à ancestralidade de Dagmar, ao reconhecer os alicerces éticos e espirituais que sustentam seu trabalho.
Ao concluir, a representante do Instituto Raízes agradeceu a contribuição da convidada e reiterou a disposição para futuras colaborações.
“Gostaríamos de deixar este campo aberto para vocês, no que for preciso. Vamos sim refletir sobre como podemos contribuir mais com uma obra tão grandiosa e essencial”, afirmou.
A troca entre as profissionais encerrou o encontro em tom de respeito mútuo, admiração e compromisso com a continuidade de um legado coletivo voltado à ética, à saúde integral e à transformação humana por meio da abordagem sistêmica.
Fotos: CECS

Participantes do encontro de reciclagem do Raízes Instituto, realizado em Florianópolis (SC), em 22 de novembro de 2025: presidente do CECS, Dagmar Ramos defende fortalecimento institucional das Constelações Sistêmicas no Brasil

A presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas, médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos durante participação no encontro de reciclagem do Raízes Instituto: “A presença, o olhar sem expectativa e a entrega ao campo são atitudes que transformam o processo terapêutico”

Maria Inês Araújo Garcia Silva, psicóloga clínica, consteladora familiar e sócia-fundadora do Raízes Instituto: com mais de 40 anos de experiência, possui formação direta com Bert Hellinger, e sua atuação se destaca pela consistência clínica e pela capacitação de novos profissionais na abordagem sistêmica

Sonia Suzana Caldas de Farias, economista, psicóloga, consteladora familiar e contoterapeuta: dedica sua trajetória a movimentos voltados ao universo feminino e é criadora de diversas ferramentas e mecanismos de desenvolvimento pessoal

As professoras Maria Inês Araújo Garcia Silva e Sonia Suzana Caldas de Farias, do Raízes Instituto, durante encontro de reciclagem: compromisso institucional com a abordagem sistêmica
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