Na iniciativa do Grupo de Trabalho (GT) Científico da instituição, pesquisador e constelador Reinaldo Koei Yonamine apresenta reflexões sobre o livro inédito ‘A Reconciliação das Terapias’, que destaca multidimensionalidade do ser humano e complementaridade entre abordagens terapêuticas. Diretora Roseny Flávia Martins ressalta importância de “fomentar o conhecimento e a colaboração interdisciplinar”. Vice-presidente do CECS, médica psiquiatra e homeopata Dagmar Ramos aponta que “a ciência caminha para validar cada vez mais as práticas integrativas”
O Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) promoveu apresentação virtual conduzida pelo constelador e pesquisador Reinaldo Koei Yonamine, que trouxe reflexões sobre o livro ‘A reconciliação das terapias – uma visão sistêmica da diversidade das terapias/trabalhos de ajuda’. O evento, realizado no dia 10 de dezembro, foi organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Científico da instituição e buscou fomentar um espaço de colaboração interdisciplinar entre os participantes. A obra em análise, de autoria da Dra. Clara Naudi e do fundador da Libre Université du Samadeva, Idris Lahore, explora perspectivas sobre a integração de diferentes abordagens terapêuticas em uma visão sistêmica.
Dra. Clara Naudi é médica homeopata e professora de Anatomia e Fisiologia Humana. Além disso, leciona na Libre Université du Samadeva, onde ministra cursos de Thanatosofia, Técnicas Transgeracionais e Sistêmicas, além do Yoga de Samara, práticas que unem conhecimentos tradicionais e modernos sobre saúde e equilíbrio emocional.
Idris Lahore, ao longo de seus estudos, pesquisas e ensinamentos, adquiriu um profundo e vasto conhecimento, desde as medicinas antigas até a descobertas científicas ocidentais mais recentes.
Durante a apresentação, Reinaldo Koei Yonamine destacou pontos centrais da obra, que propõe uma reconciliação entre diferentes métodos de terapia, ao alinhar saberes antigos com abordagens modernas, sempre sob uma perspectiva sistêmica. O evento permitiu uma troca rica de ideias entre associados ao CECS, e reforçou o compromisso da instituição no sentido de promover o diálogo interdisciplinar e a ampliação de conhecimentos no campo das terapias integrativas.
A abertura do evento foi conduzida pela diretora Científica do CECS e pesquisadora PhD com mais de duas décadas de experiência na revisão de artigos científicos, Roseny Flávia Martins.
Ela apontou a importância do encontro no contexto das ações promovidas pelo GT Científico. “Hoje damos continuidade ao nosso primeiro projeto deste semestre, que começou com a criação de uma planilha de referências bibliográficas do acervo do CECS. Após o levantamento, cada colaborador escolheu uma referência de interesse para compartilhar e debater em nossos encontros”, explicou.
Roseny Flávia destacou a biografia do constelador e pesquisador Reinaldo Koei Yonamine, graduado em Engenharia de Produção e Psicologia (USP), mestre em Psicologia e doutor em Ciências (Psicologia e Formação de Engenheiros-USP). “Ele nos apresenta uma obra inédita que propõe uma visão sistêmica sobre a diversidade de terapias e trabalhos de ajuda. Este é um tema que dialoga diretamente com a missão do CECS de fomentar o conhecimento e a colaboração interdisciplinar”, pontuou.
Multidimensionalidade do ser humano como fundamento
Reinaldo Koei Yonamine apresentou uma obra que explora um modelo que amplia a visão tradicional de saúde, considerando que o ser humano é constituído por dimensões interconectadas. A obra propõe que as causas das doenças podem se manifestar em níveis estruturais (como lesões físicas), bioquímicos (alterações metabólicas), biofísicos (disrupções eletromagnéticas), emocionais, mentais, energéticos, sistêmicos e espirituais. Cada nível exige uma abordagem específica, o que torna indispensável a complementaridade entre terapias tradicionais e integrativas.
“O corpo humano é um sistema no meio de outros sistemas, e cada um desses elementos segue leis de estrutura, ordem e equilíbrio que garantem a perenidade sustentabilidade e harmonia. Para alcançarmos saúde plena, é fundamental integrar todas as dimensões e reconhecer as terapias em seus diferentes contextos”, enfatizou Yonamine durante a apresentação.
Ele destacou que, embora a medicina tradicional tenha um papel crucial na saúde pública, sua fragmentação em especialidades muitas vezes desconsidera a complexidade humana. “Exames laboratoriais podem não identificar causas reais das doenças, levando a tratamentos que apenas mascaram os sintomas”, explicou. Nesse cenário, terapias complementares, como Homeopatia, Acupuntura, Constelações Familiares e técnicas bioenergéticas, oferecem alternativas que se concentram na raiz dos desequilíbrios.
A obra apresentada também apresenta um modelo sistêmico, no qual as terapias são organizadas e compreendidas em um conjunto de relações interdependentes. Yonamine ilustrou como as práticas Tai Chi Chuan, Yoga, Psicologia Transpessoal, Terapia Cognitivo-Comportamental, Radioterapia e Fitoterapia podem colaborar em processos de cura holísticos. Ele ressaltou que a eficácia depende do respeito à individualidade de cada paciente e da sinergia entre diferentes saberes.
Perspectivas para a saúde integrativa
A apresentação de Reinaldo Koei Yonamine abordou ainda temas como a relação entre ciência e espiritualidade e a necessidade de superar preconceitos em torno de práticas alternativas. Ele propôs que o GT Científico do CECS atue na criação de frentes de trabalho para debater divergências, ampliar o conhecimento coletivo e mapear novas possibilidades terapêuticas.
A importância dos saberes tradicionais
“A reconciliação das terapias” também destaca o valor dos conhecimentos ancestrais, muitas vezes transmitidos oralmente. Inspirada no físico e prêmio Nobel (pela descoberta do Quark) Murray Gell-Mann, foi destacada a frase: “Quando um xamã morre, é como se uma rica biblioteca sobre a natureza sofresse um incêndio”. Yonamine defendeu que esses saberes, aliados às descobertas científicas, são essenciais para um cuidado que respeite a complexidade do ser humano.
“Cada terapeuta traz consigo uma biblioteca de saberes que precisa ser respeitada e legitimada. Nossa proposta é garantir um espaço de pertencimento para todas as terapias que contribuem para o bem-estar humano”, pontuou.
Yonamine destacou a relevância do livro para consteladores e terapeutas de diversas linhas, ao sublinhar sua capacidade de oferecer insights sobre a interconexão entre as dimensões físicas, bioquímicas, energéticas, emocionais e espirituais do ser humano.
“O modelo multidimensional apresentado no livro organiza de forma clara as causas das doenças e aponta para terapias adequadas a cada nível, o que permite maior clareza no trabalho de Constelação e em práticas terapêuticas complementares”, explicou.
Entre os aspectos ressaltados, o pesquisador citou o papel crescente das terapias complementares e integrativas no enfrentamento de limitações da medicina tradicional.
“Embora a medicina moderna seja essencial, é reconhecido dentro da própria comunidade médica que a especialização crescente muitas vezes dificulta uma visão integrada do paciente. Isso é particularmente evidente em casos de doenças crônicas ou distúrbios funcionais não detectados por exames laboratoriais”, apontou.
Multidimensionalidade do cuidado
O modelo sistêmico apresentado divide o ser humano em níveis distintos, como corporal, psicológico, energético e espiritual. Yonamine explicou que, enquanto a medicina moderna se concentra em níveis concretos e mensuráveis, como o estrutural, biofísico e o bioquímico, terapias como Acupuntura, Reiki e Constelações Familiares atuam em dimensões mais sutis, ao promover o equilíbrio energético e ao enfrentar questões sistêmicas e emocionais.
“A relação entre emoção e doença já é amplamente documentada. Estudos demonstram que fatores emocionais desencadeiam até 90% dos problemas de saúde”, observou. Ele também chamou a atenção para o potencial terapêutico de práticas tradicionais, como o Qigong e o Tai Chi Chuan, e de novas tecnologias como a biofotônica, que permitem diagnósticos por meio da análise de radiações luminosas emitidas pelas células.
“As fronteiras entre os campos de saber são fluidas. A integração de conhecimentos e a complementaridade terapêutica oferecem caminhos para ampliar a eficácia e responder às necessidades reais dos pacientes”, afirmou Yonamine.
O desafio da legitimação das Constelações
Uma das questões centrais levantadas foi a ausência de regulamentação formal para as Constelações Familiares, que, segundo Reinaldo Yonamine, ainda carecem de critérios uniformes para avaliação de competências e formação dos profissionais. “Diferentemente de áreas como Direito ou Medicina, não temos um órgão regulador para legitimar competências em Constelações. É algo que o CECS busca fomentar, pois interessa a toda a sociedade e ao próprio campo”, explicou.
Outro ponto discutido foi a necessidade de aprimorar a base científica das constelações. Representantes do CECS destacaram planos para organizar um curso on-line sobre metodologia científica aplicada à pesquisa em Constelações, com apoio de professores e pesquisadores de instituições renomadas. A iniciativa é considerada essencial para criar projetos fundamentados e ampliar o diálogo com a ciência convencional.
Homeopatia e Constelações Familiares
A vice-presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), médica Dagmar Ramos, compartilhou exemplos da evolução da homeopatia no cenário internacional, ao destacar o trabalho da escola indiana The Other Song, com sede em Mumbai. “Essa instituição é referência mundial, liderada por nomes como o doutor Rajan Sankaran que consegue reunir centenas de especialistas em seus seminários na Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e vários outros países do mundo”, afirmou.
Médica psiquiatra, homeopata, psicoterapeuta, consteladora, especialista em Medicina Preventiva e Social, Dagmar Ramos também mencionou o uso de medicamentos hormonais dinamizados e sua aplicação particularmente na clínica psiquiátrica. Relata que renomados médicos homeopatas indianos integram também a abordagem das Constelações Sistêmicas no tratamento dos pacientes, potencializando em muito seus resultados positivos.
Dagmar ressaltou a posição de destaque do Brasil no cenário global das práticas integrativas, em especial das Constelações Familiares, assim como da Medicina Homeopática, da Acupuntura e de outras abordagens.
Ela também trouxe exemplos práticos do impacto positivo da homeopatia e das Constelações no hospital psiquiátrico onde atua. Segundo informa, os resultados têm impressionado os médicos, que passaram a encaminhar casos complexos para tratamento complementar.
“Pacientes graves, com transtornos de todo tipo, mostram avanços surpreendentes. É um trabalho integrado que reforça a eficácia dessas abordagens”, informou.
Apesar de críticas e desafios mercadológicos, Dagmar acredita que a ciência caminha para validar cada vez mais as práticas integrativas. “A física quântica e as descobertas científicas ampliam o campo de consciência e ajudam a superar preconceitos. Hoje falamos de tratamentos que integram os níveis físico, emocional, mental e espiritual. É uma evolução que não tem mais volta”, concluiu.
Os participantes do evento reafirmaram o papel do CECS no sentido de fomentar o diálogo interdisciplinar e promover abordagens que unam ciência, espiritualidade e terapias complementares, o que fortalece o papel das Constelações Familiares e da homeopatia como práticas integrativas em expansão. A Reconciliação das Terapias não é apenas uma visão, mas uma proposta de transformação.
O constelador e pesquisador Reinaldo Koei Yonamine, que trouxe reflexões sobre o livro ‘A reconciliação das terapias’ em evento promovido pelo CT Científico do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas: “Para alcançarmos saúde plena, é fundamental integrar todas as dimensões e reconhecer as terapias em seus diferentes contextos”
A diretora Científica do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas, Roseny Flávia Martins: “A obra inédita propõe uma visão sistêmica sobre a diversidade de terapias e trabalhos de ajuda. Este é um tema que dialoga diretamente com a missão do CECS de fomentar o conhecimento e a colaboração interdisciplinar”
A vice-presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas, médica psiquiatra e homeopata Dagmar Ramos: “Hoje falamos de tratamentos que integram os níveis físico, emocional, mental e espiritual. É uma evolução que não tem mais volta”
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