Fórum ‘Deixa eu dizer que te amo Goiânia, deixa eu gostar de você’ anuncia a presidente do CECS, médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos como palestrante: ela vai abordar qual é o sentimento de pertencimento que precisamos ter com Goiânia.

Em palestra no fórum “Deixa eu dizer que te amo, Goiânia, deixa eu gostar de você”, realizado no CineX do Centro Cultural Oscar Niemeyer, presidente do CECS apresenta leitura integrativa da cidade com base na Constelação Sistêmica Organizacional da capital goiana, que completa 92 anos em 24 de outubro, e nos indicadores do Global Flourishing Study. Ela defende o florescimento humano como expressão da reintegração a vínculos históricos, simbólicos e afetivos. Evento idealizado pelo publicitário Marcus Vinicius Queiroz reúne especialistas em urbanismo, inteligência artificial, literatura e arte para discutir o papel da urbe como espaço de integração humana e social

A presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos, apresentou uma reflexão interdisciplinar sobre a cidade, o pertencimento e o bem-estar coletivo durante o fórum “Deixa eu dizer que te amo, Goiânia, deixa eu gostar de você”, realizado no dia 20 de outubro, no CineX, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

O fórum é uma iniciativa do publicitário, consultor em marketing político, apresentador do Show da Manhã da Jovem Pan FM e ativista da felicidade Marcus Vinicius Queiroz. O evento integra as festividades alusivas aos 92 anos de Goiânia, a ser celebrado em 24 de outubro.

Com formação em medicina preventiva e social, psiquiatria, homeopatia e Constelações Sistêmicas, Dagmar conduziu a palestra intitulada “O Florescimento Humano, a Constelação e a Cidade”.

Global Flourishing Study revela que propósito, espiritualidade e relações sustentam o verdadeiro bem-viver

Dagmar Ramos aprofundou o conceito de florescimento humano a partir de uma perspectiva científica, filosófica e social. A exposição partiu do conceito de que as cidades influenciam diretamente na qualidade de vida de seus habitantes, ao mesmo tempo em que refletem os padrões de bem-estar da população.

A médica ancorou sua análise nos primeiros resultados do Estudo Global de Florescimento Humano (Global Flourishing Study), uma investigação longitudinal conduzida pelas universidades Harvard e Baylor, com participação brasileira liderada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), instituição pública e gratuita, classificada entre as 100 melhores unidades de ensino superior da América Latina e entre as mil do mundo.

O estudo reúne mais de 202 mil participantes em 22 países com o objetivo de compreender, com base empírica e rigor metodológico, o que caracteriza uma vida boa, plena e satisfatória.

O instrumento de pesquisa aplica 109 indicadores que atravessam dimensões diversas da vida humana. Foram sete domínios analisados pelo estudo: felicidade e satisfação com a vida, saúde física e mental, sentido e propósito, caráter e virtudes, relações sociais próximas, estabilidade financeira, religião e espiritualidade.

Estes sete domínios não apenas comprovam a complexidade do bem-estar, mas destacam a centralidade de fatores não materiais na construção do florescimento.

Segundo Dagmar Ramos, os dados preliminares reforçam evidências já consolidadas nas abordagens integrativas de saúde e psicoterapia: espiritualidade, vínculos afetivos e clareza de propósito ocupam lugar de destaque entre os fatores que mais favorecem o florescimento humano.

A saúde física e mental, embora fundamentais, sustentam esse processo, mas não o determinam de forma isolada.

A palestrante também destacou que os países com maior desenvolvimento econômico não foram necessariamente os mais bem posicionados no índice de florescimento humano.

A Indonésia aparece como a nação mais florescente na primeira fase da pesquisa, e superou países como Japão e Suécia, que, apesar de seu alto nível de desenvolvimento, apresentam índices preocupantes de suicídio e transtornos mentais.

O estudo também investigou aspectos emocionais, como otimismo e pessimismo.

O Brasil, apesar de enfrentar adversidades em outras áreas, ocupa o primeiro lugar entre os países mais otimistas. Para Dagmar, esse traço cultural deve ser reconhecido como um ativo social e emocional relevante para a saúde coletiva.

A cidade em Constelação: pertencimento e bem-estar como estruturas invisíveis do florescimento urbano

Na continuidade da palestra, a médica e presidente do CECS Dagmar Ramos apresentou os resultados simbólicos da Constelação Sistêmica Organizacional sobre Goiânia, realizada em 18 de março de 2024, solicitada pelo presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, e pelo publicitário Marcus Vinicius Queiroz.

O consultor organizacional e constelador sistêmico Fabrício Nogueira participou junto com Dagmar Ramos na condução da Constelação.

A abordagem utilizou os fundamentos das Constelações Organizacionais para revelar dinâmicas ocultas que afetam o pertencimento, o bem-estar e a coesão coletiva da capital goiana.

Foram representados nove elementos estruturantes do campo sistêmico de Goiânia: a Cidade, seu Bem-estar, o Pertencimento, a População, os Governantes, o Governador Pedro Ludovico, o Arquiteto Attilio Corrêa Lima, os Índios Goyazes e os Empreendedores.

A configuração inicial mostrou um Centro vazio, que sinalizou a ausência de integração entre os elementos. A Cidade aparecia isolada e distante do Bem-estar, que, por sua vez, não se aproximava das forças que o sustentam.

Os Índios Goyazes expressaram sentimento de exclusão histórica, como se não fossem reconhecidos como parte constitutiva da identidade urbana.

Os Empreendedores mantinham o olhar elevado, dissociado do Bem-estar coletivo — representação simbólica da verticalização econômica sem vínculo com o tecido social.

A População, nesse campo, manifestava ausência de pertencimento.

Segundo Dagmar Ramos, “a Constelação revelou um sentimento difuso de desenraizamento e a urgência de reconhecer as origens e os protagonistas da cidade”.

Quando os representantes reverenciaram figuras fundadoras — como Pedro Ludovico Teixeira e o arquiteto Attilio Corrêa Lima — e incluíram os índios Goyazes como parte legítima da narrativa de origem, o campo sistêmico passou a se reorganizar: o Bem-estar, antes virado para fora, voltou-se para a Cidade.

A representação final resultou em uma mandala simbólica de integração. Os elementos, antes dispersos, encontraram lugar comum.

“Somente quando os povos originários foram honrados, a população foi vista e os empreendedores voltaram o olhar à coletividade, o campo permitiu a presença do bem-estar. É nesse nível arquetípico que uma cidade também pode adoecer ou florescer”, constatou Dagmar Ramos.

A Constelação, inspirada nos fundamentos sistêmicos do psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, extrapola a experiência subjetiva.

Ao revelar padrões relacionais e estruturas invisíveis que influenciam o coletivo, oferece uma ferramenta complementar para o planejamento urbano, a escuta social e a formulação de políticas públicas baseadas em pertencimento e reparação simbólica.

A Constelação de Goiânia, neste contexto, não apenas expôs vínculos esquecidos, mas propôs um caminho restaurativo.

Memória, reconhecimento e responsabilidade tornam-se, assim, fundamentos invisíveis e estruturais para um futuro urbano mais justo, integrado e humano.

A cidade que floresce em cada um de nós: o espaço urbano como campo simbólico da vida compartilhada

Na parte final da conferência, a médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos propôs uma reflexão sensível sobre a cidade como organismo vivo que, ao florescer, amplia também o florescimento humano individual.

Para além de seu aspecto físico e administrativo, a cidade foi apresentada como campo simbólico, emocional e espiritual, capaz de refletir e influenciar a consciência de seus habitantes.

Inspirada pelo escritor lusitano Valter Hugo Mãe, Dagmar reforçou que a cidade é, sobretudo, um lugar de encontros.

“Os outros somos nós mesmos”, diz o autor português, numa síntese poética que aponta para a interdependência como fundamento da experiência urbana.

A cidade, nesse sentido, é um espaço de acolhimento preparado para o outro — um território de afeto, memória e transformação mútua.

Ao citar Valter Hugo Mãe, a palestrante destaca que a cidade é palco de encontros e desencontros, onde o amor, a amizade e a alteridade (conceito filosófico que se refere ao reconhecimento do outro como diferente de si, com dignidade própria, subjetividade e valor) se tornam expressões fundamentais da vida em comunidade.

Trata-se de um lugar que nos molda tanto quanto o moldamos. Configura um ciclo contínuo entre identidade e pertencimento, sendo essa visão.

Dagmar Ramos constata que quando a cidade se reconecta com sua história, com os símbolos fundadores e o bem-estar da população, ela se transforma em uma mandala coletiva, capaz de sustentar o florescimento integral do ser humano.

Assim, o desenvolvimento urbano não se resume a infraestrutura ou planejamento técnico, mas se alicerça na capacidade de construir vínculos, restaurar memórias e promover pertencimento.

Nesse contexto, a cidade torna-se expressão ampliada da subjetividade humana — um campo onde ética, beleza e espiritualidade se entrelaçam, e onde a vida encontra, finalmente, um espaço legítimo para ser celebrada.

Ou seja: quando o coletivo floresce, o propósito de vida se expande.

Participações no fórum ampliam olhar sobre a cidade

O fórum “Deixa eu dizer que te amo, Goiânia, deixa eu gostar de você” se traduziu como evento multidisciplinar com as participações especiais da arquiteta e urbanista com mestrado em governança e sustentabilidade, Ana Zornig Jayme, presidente do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), que compartilhou perspectivas sobre urbanismo humanizado, ao destacar modelos de planejamento centrados na experiência cidadã da capital paranaense.

Celso Camilo, professor e doutor em Inteligência Artificial pelo Centro de Excelência em IA da Universidade Federal de Goiás (UFG), abordou o papel da inteligência artificial no planejamento urbano ao ampliar as possibilidades da tecnologia como aliada da gestão pública.

Geraldo Rocha, empresário e escritor, conduziu uma dinâmica de jogral sobre cidadania e leitura ao envolver o público em uma performance interativa com foco na construção coletiva do espaço urbano.

Eduardo Oliveira, sócio-diretor da CINQ (Conhecimento, Inovação, Natureza e Qualidade), trouxe reflexões sobre inovação, natureza e qualidade de vida nos contextos urbanos ao conectar sustentabilidade e inteligência coletiva.

A programação também contou com a presença sensível da cantora Gabih e do músico Emídio Queiroz, que ofereceram momentos artísticos que dialogaram com os temas centrais do evento, ao promover um encontro entre estética, afeto e cidadania.

Homenagem à potência criativa da juventude e à história do rádio em Goiás

O fórum prestou uma homenagem especial a Elias Augusto Gabriel, artisticamente conhecido como HeyDoc, DJ e produtor musical goianiense que leva o nome da cidade a palcos internacionais. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o artista encontrou na música um canal profundo de expressão, comunicação e autorrealização. Sua trajetória tem inspirado debates sobre inclusão, neurodiversidade e o papel da arte como ferramenta de transformação. A médica Dagmar Ramos foi escolhida para entregar a ele a honraria.

Também foi homenageado Jonas Pires, carinhosamente conhecido como Peninha, diretor artístico da Rádio Araguaia FM nas décadas de 1980 e 1990. Sua atuação foi determinante para a consolidação da emissora como referência no cenário radiofônico goiano. Peninha marcou uma era de inovação, carisma e renovação estética nas ondas do rádio FM em Goiás.

A presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas, médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos conduziu a palestra intitulada “O Florescimento Humano, a Constelação e a Cidade”: Nenhuma urbe prospera sem vínculos, sem memória e sem pertencimento


Convidados especiais levam ideias e perspectivas diversas ao Fórum “Deixa eu dizer que te amo, Goiânia” ao reunir saberes sobre urbanismo, tecnologia, saúde mental, arte e literatura: eles recebem homenagem e do organizador Marcus Vinícius Queiroz

Médica Dagmar Ramos e publicitário Marcus Vinícius Queiroz entregam homenagem especial a Elias Augusto Gabriel, artisticamente conhecido como HeyDoc, DJ e produtor musical goianiense diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que leva o nome da cidade a palcos internacionais

Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) – Assessoria de Comunicação – Contato para informações e entrevistas: (62) 9-8271-3500 (WhatsApp)

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